6 de julho de 2016

É possível fazer mais e melhor Cooperação Técnico-Militar com Cabo Verde

"Fazemos uma avaliação positiva da cooperação técnico-militar que tem decorrido nas últimas décadas, mas entendemos que é possível fazer mais e melhor e estamos, por isso, a procurar encontrar os mecanismos de entendimento para reforçar essa cooperação, procurando estabelecer um novo programa-quadro de cooperação técnico-militar, já a partir de 2017, que corresponda melhor aos objetivos estratégicos de Cabo Verde e também de Portugal", afirmou o Secretário de Estado da Defesa Nacional, Marcos Perestrello, esta terça-feira, durante a visita oficial de dois dias a Cabo Verde.

O Secretário de Estado sublinhou que o interesse estratégico de Portugal passa em grande medida pelo reforço da “capacidade dos países de língua portuguesa". O Ministro da Defesa cabo-verdiano, Luís Filipe Tavares, também defendeu que "quanto mais fortes e mais capacitados estiverem os países de língua portuguesa do ponto de vista militar, mais capacidade terão de serem contribuintes líquidos para a segurança".

Para o Ministro da Defesa cabo-verdiano, Portugal tem sido um "parceiro estratégico" de Cabo Verde e os dois países têm vindo a trabalhar no sentido de reforçar a cooperação existentes há vários anos.

Esta terça-feira, último dia da visita, Marcos Perestrello participou numa cerimónia oficial na Assembleia Nacional para assinalar o 41 aniversário da independência de Cabo Verde. O secretário de Estado da Defesa português foi recebido pelo primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva.

O navio-escola Sagres foi condecorado ontem, segunda-feira, com a “Estrela de Honra” da república cabo-verdiana, tornando-se “o único navio da Marinha Portuguesa a ostentar uma condecoração de um país estrangeiro: Cabo Verde, com quem subsistem laços de amizade de longa data”, afirmou o Ministro da Defesa cabo-verdiano.

O Secretário de Estado da Defesa Nacional destacou o papel do navio Sagres no estreitamento dos laços com os países da lusofonia, nomeadamente “na formação dos futuros oficiais de Cabo Verde”. O governante recordou ainda que nesta missão se encontra um aspirante da Marinha de Cabo Verde entre os 63 cadetes a bordo, o primeiro de um país de língua portuguesa a efetuar o estágio de embarque no navio.

Na missão, que inclui também a componente de formação para os alunos da Escola Naval, participam ainda mais cinco cadetes de países africanos de língua portuguesa: quatro angolanos e um moçambicano, além de outros da Alemanha, Espanha, Inglaterra, Marrocos, Tunísia e Turquia. Desde 1981 já embarcaram no navio-escola Sagres 28 cadetes oriundos de Cabo Verde. (Defesa)

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