23 de abril de 2016

Programa de Recuperação e Valorização da Fortaleza de São João Baptista

A Câmara do Porto tem seis meses para apresentar propostas de recuperação e valorização da secular Fortaleza de São João Baptista da Foz do Douro, estipula um protocolo hoje assinado com o Ministério da Defesa.

“A câmara, através das suas competências instaladas, vai estudar este forte, vai propor soluções”, afirmou nesta sexta-feira o ministro Azeredo Lopes no final da assinatura do protocolo relativo à constituição de um grupo de trabalho com vista à criação de um Programa de Recuperação e Valorização da Fortaleza de São João Baptista da Foz do Douro.

O acordo firmado nesta sexta-feira visa a “recuperação das áreas degradadas do conjunto monumental e Foz Velha e a criação de percursos de exploração do monumento e da área envolvente”, para o que foi definida a criação de um grupo de trabalho.

Naquilo que Azeredo Lopes chamou de “parceria pública, pública, pública”, será criada uma “comissão tripartida” que irá trabalhar numa “relação virtuosa e que permita antever um conjunto de propostas que irão sendo executadas à medida das disponibilidades do Ministério da Defesa Nacional”.

O grupo de trabalho será constituído por representantes da tutela, da União de Freguesias de Aldoar, Foz do Douro e Nevogilde e da Câmara do Porto a quem competirá dar “a assessoria técnica e científica nas suas diferentes áreas, disponibilizando os estudos realizados até à data”, refere o protocolo.

Naquela que foi a sua primeira visita ao Porto enquanto ministro, Azeredo Lopes defendeu “uma utilização inteligente, sensata, respeitadora da dimensão cultural e histórica do forte” do século XVI que deve ser “visto, visitado e aproveitado pela população”.

“O forte tem que abrir as suas portas à população, àqueles que visitam a cidade do Porto e tem que corresponder àquele que também é um desígnio da defesa nacional, reforçar a nossa identidade, o respeito pelo nosso património”, realçou.

Azeredo Lopes salientou ainda que “o ministério da Defesa não tem que ser o ministério do turismo militar” mas deve “reforçar a ligação do património” à cidade e contribuir para a valorização do espaço envolvente.

Considerando que “há muito património que, pelo seu valor simbólico e de representação da defesa nacional, não só não deve ser alienado, mas deve ser mantido e, se possível, rendibilizado”, o ministro da Defesa pediu já aos presidentes das três câmaras da Frente Atlântica, de Baião e Maia para indicarem quais questões patrimoniais têm em aberto para, “numa segunda ronda, negociar soluções”.

A Fortaleza de São João Baptista da Foz do Douro, também conhecida como Castelo da Foz, compreende um conjunto monumental que inclui o forte quinhentista, a primeira igreja renascentista edificada em Portugal, o anexo ao palácio de Dom Miguel da Silva e ainda vestígios arqueológicos da ermida de São João Baptista, edificada à época do Condado Portucalense.

Actualmente parcialmente ocupada pelo Instituto de Defesa Nacional, a fortaleza foi classificada como Imóvel de Interesse Público em 1967. (Público)

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