22 de abril de 2016

Forças Armadas "fazem muito, com um orçamento operacional baixo"

José Azeredo Lopes disse que "Portugal se capacita não pelo número de batalhões e frotas, mas por ter uma representação da sua defesa e da sua política externa francamente acima daquela que é a dimensão real do país e do que seria expectável".


"Isso tem sido alcançado com um enorme mérito operacional das Forças Armadas, que conseguem fazer muito com um orçamento operacional que é bastante baixo", acrescentou.

Na conferência "Um Conceito Estratégico de Defesa Europeu: Qual a Resposta para os Desafios à nossa Segurança", o ministro disse que "por razões evidentes, a segurança e a defesa de um país como Portugal não é hoje pensável apenas pelos nossos meios".

"Duvido, aliás, que algum país europeu o conseguisse fazer exclusivamente por si. À parte dos EUA, talvez da China e eventualmente da Rússia, não vejo quem isoladamente conseguisse sempre assegurar a sua defesa", considerou.

Azeredo Lopes salientou que "é interessante verificar que, apesar de uma diminuição nos últimos anos, que está finalmente estancada, a soma agregada dos orçamentos de defesa europeus é quatro vezes o orçamento de defesa da Rússia, que ele mesmo já subiu exponencialmente nos últimos anos".

"Portanto, não é, por vezes, uma questão de dinheiro, é uma questão de abordagem estratégica integrada, ou seja, saber o que queremos e como é que vamos definir os nossos comportamentos perante actores exteriores, sabendo, como se sabe, que hoje em dia não é mais concebível ficar sempre à espera dos nossos amigos americanos", acrescentou. (NM)

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