31 de maio de 2015

Estatuto dos militares publicado em DR

O Estatuto dos Militares das Forças Armadas, que prevê condições mais restritivas de passagem à reserva e aumenta o tempo de permanência em alguns postos, foi esta sexta-feira publicado em Diário da República. 

As novas alterações ao Estatuto, que regula os aspectos essenciais da carreira militar e estava em revisão desde o final de 2013, foram muito criticadas pelas associações sócio-profissionais.

Entre as principais alterações estão o aumento da idade da reforma dos 65 para os 66 anos, a partir de 2016, tal como para a restante administração pública, além de um novo modelo de convocação de militares na reserva para o desempenho de funções. 

Já para conseguirem passar à reserva, os militares passam a ter de cumprir 40 anos de tempo de serviço militar e 55 anos de idade, quando até agora estas condições eram em alternativa. 

O diploma fixa condições mais restritivas de passagem à reserva, nomeadamente o fim da possibilidade de requerer a passagem a esta situação a partir dos 20 anos de tempo de serviço militar. 

No sentido de tornar a reserva num instrumento mais flexível e adequado às necessidades das Forças Armadas e do país, é prevista a possibilidade de os militares na situação de reserva e fora da efectividade de serviço serem convocados para o desempenho de cargos ou exercício de funções de interesse público, no âmbito das missões das Forças Armadas em organismos do Estado, fora da estrutura e da tutela da defesa nacional, na sua área de residência. 

O novo estatuto estabelece ainda a criação dos postos de comodoro/brigadeiro-general, de subsargento/furriel e de cabo-mor, a promoção dos enfermeiros militares a oficiais e o aumento do tempo mínimo de permanência dos pilotos-aviadores da Força Aérea de 12 para 14 anos. (CM)

30 de maio de 2015

Empresas portuguesas de Defesa tentam negócios de 50 ME com Angola

A informação foi transmitida hoje à Lusa pelo presidente do Conselho de Administração da idD Portugal (plataforma das indústrias de Defesa nacionais), Eduardo Neto Filipe, que juntamente com cerca de uma dezena de empresas do sector acompanha a visita oficial que o ministro da Defesa Nacional realiza à capital angolana.

"O objectivo desta missão é reforçar a relação comercial e económica entre as indústrias de Defesa portuguesa e a república de Angola. Há um enorme potencial nesta área, nomeadamente, em sectores como a construção e reparação naval, produção de vestuário técnico-profissional e uniformes militares mas também para as empresas que actuam no mercado das soluções de software", explicou o administrador da idD.

Eduardo Neto Filipe acrescentou que a expectativa é que esta missão "possa representar, a curto prazo, um potencial de negócios para as indústrias de Defesa na ordem dos 50 milhões de euros".

"A promoção das indústrias de Defesa portuguesas em Angola é um trabalho que não se esgota nesta visita e que irá continuar nos próximos meses", garantiu ainda.

Os governos de Angola e de Portugal assinam na segunda-feira, em Luanda, um protocolo na área da formação militar, durante a visita do ministro da Defesa português.

Segundo informação disponibilizada pelo ministério de José Pedro Aguiar-Branco, a visita oficial do governante português a Luanda, segunda e terça-feira, surge a convite do homólogo angolano, o ministro João Lourenço, na qual marcará igualmente presença o navio-patrulha Figueira da Foz, construído para a marinha portuguesa nos Estaleiros Navais de Viana do Castelo.

No primeiro dia de visita, além da assinatura de um protocolo no domínio de Ensino e Formação Militar, estão previstas reuniões bilaterais, com os ministros da Defesa e dos Antigos Combatentes e Veteranos da Pátria.

A componente empresarial da missão portuguesa em Luanda foi organizada pela idD em conjunto com a marinha de Portugal, com as empresas nacionais a exporem os respectivos produtos e serviços, até terça-feira, a bordo do Navio Patrulha Oceânico (NPO) Figueira da Foz, no porto da capital angolana.

A componente naval é precisamente um dos destaques da missão, que integra representantes dos estaleiros públicos do Arsenal do Alfeite, da West Sea (do grupo Martifer, que assumiu a subconcessão dos estaleiros de Viana) e dos Estaleiros Navais de Peniche.

Para além das exposições e apresentações a bordo do navio-patrulha português, as empresas representadas, segundo a idD, já agendaram reuniões com parceiros angolanos.

Nos últimos meses, a idD Portugal informa ter desenvolvido outras missões empresariais à Colômbia, Índia, Abu Dhabi, Brasil e Madrid, bem como acções em Portugal com delegações estrangeiras como a da Argélia, Tunísia, Polónia, Ucrânia, Angola e Moçambique.

A idD estima um aumento das exportações na ordem dos 100 milhões de euros anuais para a economia nacional, como resultado desta promoção. (Lusa)

Forças Armadas abrem 421 vagas para os quadros em 2015

Os três ramos das Forças Armadas de Portugal vão abrir 421 vagas para cursos, tirocínios e estágios de quadros permanentes para o próximo ano lectivo, segundo um despacho assinado esta sexta-feira pela secretária de Estado da Defesa Nacional, Berta Cabral.

Em comunicado emitido esta sexta-feira, o gabinete da secretária de Estado informa que Berta Cabral "assinou esta sexta-feira um despacho que fixa em 421 o número de vagas para os cursos, tirocínios e estágios dos quadros permanentes dos três ramos da Forças Armadas em 2015".

A Marinha vai abrir vagas para 58 oficiais, 50 sargentos e 113 praças, sendo este o ramo com o maior contingente, ao passo que o Exército vai admitir 47 alunos na Academia Militar e 60 sargentos no próximo ano lectivo.

Já a Força Aérea, além de 52 sargentos, está autorizada a contratar por concurso 20 oficiais e a matricular mais 21 na Academia da Força Aérea. (C.M)

29 de maio de 2015

Novo estatuto dos militares das Forças Armadas com mais restrições

O Estatuto dos Militares das Forças Armadas, que prevê condições mais restritivas de passagem à reserva e aumenta o tempo de permanência em alguns postos, foi hoje publicado em Diário da República.

As novas alterações ao Estatuto, que regula os aspectos essenciais da carreira militar e estava em revisão desde o final de 2013, foram muito criticadas pelas associações sócio-profissionais.

Entre as principais alterações estão o aumento da idade da reforma dos 65 para os 66 anos, a partir de 2016, tal como para a restante administração pública, além de um novo modelo de convocação de militares na reserva para o desempenho de funções.

Já para conseguirem passar à reserva, os militares passam a ter de cumprir 40 anos de tempo de serviço militar e 55 anos de idade, quando até agora estas condições eram em alternativa.

O diploma fixa condições mais restritivas de passagem à reserva, nomeadamente o fim da possibilidade de requerer a passagem a esta situação a partir dos 20 anos de tempo de serviço militar.

No sentido de tornar a reserva num instrumento mais flexível e adequado às necessidades das Forças Armadas e do país, é prevista a possibilidade de os militares na situação de reserva e fora da efectividade de serviço serem convocados para o desempenho de cargos ou exercício de funções de interesse público, no âmbito das missões das Forças Armadas em organismos do Estado, fora da estrutura e da tutela da defesa nacional, na sua área de residência.

O novo estatuto estabelece ainda a criação dos postos de comodoro/brigadeiro-general, de sub-sargento/furriel e de cabo-mor, a promoção dos enfermeiros militares a oficiais e o aumento do tempo mínimo de permanência dos pilotos-aviadores da Força Aérea de 12 para 14 anos.

A 02 de Abril passado, quando o novo Estatuto foi aprovado em Conselho de Ministros, o ministro da Defesa Nacional, José Pedro Aguiar-Branco, afirmou que o documento iria permitir concretizar reduções orçamentais decorrentes de legislação anteriormente aprovada, que não quantificou.

"Este diploma vai permitir a materialização efectiva das reduções orçamentais decorrentes da legislação anteriormente aprovada, como, por exemplo, as novas leis orgânicas do Ministério da Defesa Nacional, do Estado-Maior e dos ramos, e o diploma de fixação de efectivos para 2015. O que significa que isto representa um contributo muito significativo da Defesa Nacional e das Forças Armadas a para a optimização dos recursos disponíveis do país", acrescentou, na altura, lembra a Lusa. (Tvi)

Comandos e o Krav Maga

A experiência dos comandos com o Krav Maga começou em 2011, com uma formação que os constantes destacamentos desta tropa de elite para teatros militares no estrangeiro (30 comandos portugueses servem actualmente no Iraque) não permitiu concluir. Mas agora, assinado um protocolo formal entre a Federação e o Centro de Tropas Comando, o curso, com a duração de dois anos, é mesmo para levar até ao fim: "A ideia é que estes oito instruendos - todos voluntários - sejam mais tarde instrutores. Primeiro aos restantes elementos dos comandos e depois, talvez, aos outros ramos das Forças Armadas", diz o major António Cancelinha, durante a primeira demonstração de Krav Maga, que ocorreu na passada quinta-feira, no Quartel da Carregueira, em Sintra.

Durante a sessão praticaram-se movimentos que são ensinados exclusivamente às forças armadas, pois implicam defesa com a utilização da arma de serviço, e também alguns golpes letais, que normalmente não são revelados aos civis nos primeiros anos de aprendizagem. "Trata-se de uma técnica que vem colmatar uma lacuna. Em operações como as que decorrem no Afeganistão, enfrentamos uma ameaça assimétrica. Nunca sabemos onde está o inimigo e quando vai atacar. Muitas vezes, quando ataca, é já numa situação em que o corpo a corpo é inevitável. Assim, o Comando fica pelo menos com um último recurso de protecção da sua integridade física, que sabe poder usar, se isso acontecer. É bom para a autoconfiança do Comando e bom para a moral", sintetiza. (Visão)

Barbie e Ken alistam-se na GNR

A Barbie já foi quase tudo. Pelos vistos faltava-lhe ser militar da Guarda Nacional Republicana (GNR). Para quem tiver curiosidade, basta ir este domingo, dia 31 de Maio, aos Jardins de Belém, entre as 13h e as 18h para ver uma das bonecas mais populares do mundo envergando o novo fardamento das militares da GNR.

A boneca é uma One of a Kind Doll, feita exclusivamente para este evento e para esta homenagem às militares da GNR, resultado da parceria entre a GNR e a marca de brinquedos Mattel, para celebrarem o Dia Mundial da Criança, enquanto estreitam a relação dos militares com os mais pequenos.

Esta é também a forma da Barbie prestar homenagem a "estas destemidas mulheres que são um grande exemplo de como os super-heróis podem estar aqui ao lado", dizem GNR e a Mattel.

Neste sentido, a Barbie "convida as meninas a descobrirem o seu poder interior e os seus talentos e a realizarem autênticas super-proezas através de actos criativos, de bondade ou de coragem", dizem os promotores do evento, acrescentando que "esta mensagem da Barbie, no fundo, é o que as militares da GNR enfrentam todos os dias: 'Be Super'".

O evento conta ainda com dois stands da Mattel desenvolvidos especialmente para os rapazes: Um da Hot Wheels, repleto de pistas e carros de corrida em demonstração, numa tenda de 25m2, e outro da BOOMco, marca de lançadores de dardos, que terá um espaço para que os mais pequenos possam experimentar as suas divertidas pistolas.

Mas o encontro terá outras actividades e brincadeiras, como jogos, pinturas, actividades radicais, passeios a cavalo e de charrete, baptismos de mergulho, aulas sobre técnicas de salvamento, tendas para visão nocturna, defesa pessoal, aulas de obediência e demonstrações cinotécnicas ou exposição de viaturas.

Mas haverá também mascotes e espaços para as crianças tirarem fotografias engraçadas, além de poderem divertir-se ao som da Banda de Música da Guarda Nacional Republicana, que dará um pequeno concerto para encerrar o dia e mostrar ao mundo a Barbie GNR. (Dinheiro Vivo)

Cerimónia de Recepção e de Imposição de Condecorações "Operação MINUSMA"

Realizou-se no dia 29 de Maio, a Cerimónia de Recepção e de Imposição de Condecorações à FND, que operou no TO do Mali, no âmbito da Operação MINUSMA.

A Cerimónia teve lugar na Base aérea Nº6, Montijo, e foi presidida por Sua Exa. o Ministro da Defesa Nacional, Dr. José Pedro Aguiar-Branco.

Os militares que estiveram integrados nas Forças Nacionais Destacadas, ao serviço das Nações Unidas na realização de operações no Mali, regressaram na passada sexta-feira, dia 15 de maio.

Durante os cerca de quatro meses de operação, foram utilizadas duas aeronaves, o C-295M da Esquadra 502“Elefantes”, e no segundo destacamento o C-130H da Esquadra 501 “Bisontes”. Os militares da Força Aérea realizaram missões que contribuíram enquanto pilar no processo de estabilização e de manutenção de paz na região, destacando-se o transporte de militares, ajuda humanitária, água potável e mantimentos.(FAP)

Ministros da Defesa Nacional e da Saúde presentes no Dia do HFAR

Durante o discurso que dirigiu aos presentes, José Pedro Aguiar-Branco destacou o facto do Hospital das Forças Armadas ser um projecto que remonta aos tempos do Conselho da Revolução e que “levou mais de 30 anos” a ser concretizado.

O ministro relembrou ainda a enorme resistência encontrada em Junho de 2011 (logo após tomar posse) para a implementação de um Hospital das Forças Armadas único.

Considerando que esta medida contribuiu para o equilíbrio das contas públicas, o governante confidenciou que guarda um sentimento de “reconhecimento”, de “confiança” e de “agradecimento”, para com todos os que contribuíram para a reforma da saúde militar.

Após uma visita às novas instalações do HFAR, e em declarações à comunicação social, o ministro da Saúde, Paulo Macedo, acrescentou o facto de a unidade hospitalar responder com “modernidade” e com “racionalidade” às solicitações.

“O facto de termos colocado, na capacidade efectiva, meios complementares de diagnóstico que estavam na Marinha, que estavam na Força Aérea dispersos e que agora são utilizados por todos os militares de uma só vez, de uma forma agregada e integrada, parece-me que não é pouco”, frisou ainda.

Para além dos dois ministros esta cerimónia contou também com a presença do Chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas, General Artur Neves Pina Monteiro e do Director do Hospital das Forças Armadas, Contra-Almirante José de Gouveia de Albuquerque e Sousa, entre outras entidades. (Defesa)

28 de maio de 2015

ISN recebe viaturas para apoio à vigilância nas praias

O ministro da Defesa Nacional, José Pedro Aguiar-Branco presidiu esta tarde, à cerimónia que assinalou o início do projecto Seawatch que resulta de uma parceria entre a Sociedade de Importação de Veículos Automóveis (SIVA) e o Instituto de Socorros a Náufragos (ISN), consistindo na disponibilização de pick-ups Amarok equipadas com meios de salvamento marítimo.

Durante as palavras que dirigiu aos presentes, José Pedro Aguiar-Branco, assinalou a “vida humana” como elemento determinante para a missão do ISN e como a razão da existência do projecto Seawatch. Referiu ainda, o empenho que o Ministério da Defesa Nacional, as autarquias e a SIVA têm para maximizar o salvamento de “vidas humanas”.

Por outro lado, o ministro da Defesa Nacional relembrou a consequência económica que os elevados índices de salvamento nas águas nacionais têm, considerando que “ao cuidarmos da nossa segurança nas praias”, estamos também a criar melhores condições para o turismo e a contribuir para uma boa imagem de Portugal.

José Pedro Aguiar-Branco destacou ainda, no âmbito deste projecto, a “lógica de acção conjunta do privado com o público” e o “modelo virtuoso” deste tipo de parceria.

O projecto Seawatch, foi lançado pela primeira vez em 2011 e correspondeu ao lançamento da pick-up Amarok em Portugal. Este ano, o Seawatch prevê a utilização de 28 viaturas, pelo ISN, para colmatar as necessidades de salvamento.

O custo do projecto, de acordo com o administrador da SIVA, Fernando Monteiro, foi de 350 mil euros. (Defesa)

VISITA DO GENERAL CHEFE DO ESTADO-MAIOR DO EXÉRCITO À UNIVERSIDADE DO PORTO

No dia 22 de Maio, no âmbito do Projecto de Investigação “definição de critérios para a determinação da fadiga de um militar em contextos de emprego climáticos diversos” e a convite do Magnífico Reitor da Universidade do Porto, Professor Sebastião Feyo de Azevedo, e do Director da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, Professor João Falcão e Cunha, Sua Excelência o General Chefe do Estado-Maior do Exército (CEME) visitou a Faculdade de Engenharia, nomeadamente o Laboratório de Prevenção do Risco Ocupacional e Ambiental (PROA) que se situa no Departamento de Engenharia de Minas, e a Faculdade de Desporto da Universidade do Porto (FADEUP) onde, depois da recepção pelo seu Director, Professor Jorge Olímpio Bento, foi visitado o Laboratório de Biomecânica da Universidade do Porto (LABIOMEP).

Para além do contacto com investigadores do Exército Português e da Universidade do Porto, Sua Excelência o General CEME e os restantes convidados tiveram oportunidade de assistir a demonstrações dos ensaios que foram realizados no âmbito do projecto, bem como verificar algumas potencialidades técnicas e laboratoriais envolvidas nessa investigação.

Nesse encontro de trabalho, para além de uma mostra de capacidades da Universidade ao nível do LABIOMEP, do PROA e do Núcleo de Aeronáutica, Aeroespacial e Modelismo da Universidade do Porto, Sua Excelência o General CEME teve oportunidade de contactar com o Projecto de Investigação que a Escola de Sargentos do Exército, em parceria com o CINAMIL, com o Centro de Psicologia Aplicada do Exército, com o Hospital das Forças Armadas (Pólo do Porto) e outras unidades e organismos militares e centros de conhecimento da Universidade do Porto, como o Instituto Nacional de Engenharia e Gestão Industrial do Porto, vem conduzindo desde maio de 2014.

III Jornadas de Medicina Aeronáutica

Encontram-se abertas as inscrições para as III Jornadas de Medicina Aeronáutica, que se realizam nos dias 25 e 26 de Junho, nas instalações da Secção do Treino Fisiológico do Centro de Medicina Aeronáutica, Lumiar.

As jornadas têm como tema a “Selecção de Pilotos” e são creditadas pela Autoridade nacional de Aviação Civil, com atribuição de créditos para a manutenção e qualificação dos Examinadores Médicos Aeronáuticos (AME´s).

Podem inscreverem-se, entre os dias 01 e 21 de Junho, todos os médicos, militares e civis, bem como outros profissionais com interesse na área. O valor da inscrição para civis é de 30€  (FAP)

NRP SAGRES - VIAGEM DE INSTRUÇÃO DOS CADETES DA ESCOLA NAVAL



Antes de partir oficialmente em viagem, o navio-escola Sagres marcou presença na escala de Lisboa da regata Volvo Ocean Race, fundeado em Algés.

Durante esta viagem o navio irá fazer uma pequena paragem no porto do Funchal, seguindo-se o porto de Hamilton, na Bermuda, posteriormente seguirá para Filadélfia e Greenport. Seguem-se os portos de New Bedford e Boston, cidades de forte presença da comunidade Portuguesa.

Na primeira parte do trajecto o navio irá levar 40 cadetes do 2º ano, que vão desembarcar na Praia da Vitória, a 30 de Julho, e recebe a bordo os 48 Cadetes do 1º ano, cujo percurso irá levá-los ao norte da Europa para participar, entre 19 e 23 de Agosto, no encontro de veleiros “Sail Amsterdam 2015”.

Além de ser uma viagem que tem como principal objectivo a instrução dos Cadetes da EN, esta será especial para três jovens que ganharam o concurso patrocinado pela Vodafone cujo prémio foi navegar no navio-escola Sagres. Cada jovem irá fazer um percurso diferente sendo que o primeiro, o Francisco Pereira, irá de Lisboa até Filadélfia, o Gonçalo Peres irá navegar desde Filadélfia até à Ilha Terceira e por último a Mariana Barreto, terá partida nos Açores com passagem por Amesterdão e chegada a Lisboa a 1 de Setembro.

Os jovens participantes durante esta aventura irão colaborar na realização das tarefas de manutenção, de preparação e de condução do navio, em estreita ligação com os futuros oficiais da Marinha. (MGP)

Portugal entrega presidência da CPLP a São Tomé e Príncipe

José Pedro Aguiar-Branco participou na XVI reunião de Ministros da Defesa da CPLP, que se realizou em São Tomé. Na sessão de abertura Portugal entregou formalmente a presidência ao pais anfitrião e na sua intervenção Aguiar-Branco lançou alguns desafios para reflexão durante o próximo ano, identificando nomeadamente a formação e a saúde como duas áreas potenciais para sustentar a cooperação.

"Na formação, podemos avançar com cursos pensados para a especialização dos militares e abertos a outros países amigos", identificou o titular da pasta da Defesa Nacional. "Na saúde militar temos que apostar mais no desenvolvimento de projectos de investigação conjuntos e no intercâmbio entre hospitais militares", acrescentou o ministro da Defesa português.

José Pedro Aguiar-Branco saudou ainda o regresso da Guiné-Bissau ao convívio da comunidade e destacou a língua e os valores em matéria de defesa, em que se apoia a identidade da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP), como sendo comuns.

Para o secretário executivo da CPLP, Murade Isaac Murargy as organizações internacionais como a CPLP desempenham um papel fundamental entre os seus membros, constituindo-se como espaço de segurança colectiva, estabilidade e paz e assumindo-se como baluarte da defesa e da democracia, do estado de direito e dos direitos humanos.

"Estou certo que a XVI reunião dos ministros da defesa da CPLP constituirá mais um passo em frente no aprofundamento da cooperação entre os estados membros em matéria da defesa a qual tem implicações directas no sucesso das políticas de desenvolvimento em curso nos nossos estados membros", disse o secretário executivo.

Já para o ministro da Defesa Nacional e do Mar de São Tomé e Príncipe, Carlos Stock os conflitos que abalam o mundo, particularmente a África, alertam a CPLP para a necessidade de reforço da cooperação internacional.

"Temos uma agenda muito recheada de assuntos importantes para o reforço dos laços que nos unem e consequentemente criarmos uma plataforma de segurança e defesa ao serviço dos nossos povos, países regiões e do mundo global de que fazemos partes", disse Carlos Stock.(Defesa)

27 de maio de 2015

Os novos Navios Patrulha Oceânicos vão começar a ser construídos em Setembro nos estaleiros da West Sea

Os dois Navios Patrulha Oceânicos (NPO) para a Marinha portuguesa vão começar a ser construídos em Setembro nos estaleiros da West Sea, subconcessionária dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo (ENVC), por 77 milhões de euros. 

A informação foi avançada esta quarta-feira à agência Lusa por fonte governamental, na sequência da visita que o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, realiza à empresa às 15h00, para participar na cerimónia que assinala um ano desde que a West Sea assumiu a subconcessão dos terrenos e infraestruturas dos ENVC. 

De acordo com a mesma fonte governamental, a construção daqueles navios vai permitir a criação de mais 200 postos de trabalho, aos quais se juntam aos actuais 200 empregos. A mesma fonte adiantou que a autorização para abertura das negociações conducentes à construção dos NPO será dada pelo Governo "na próxima quinta-feira, ou mais tardar na próxima semana", em conselho de ministros, sendo que "a West Sea é a única entidade nacional capacitada para a construção deste tipo de embarcação". 

Os dois navios deverão estar concluídos em 2017, para serem entregues à Marinha em 2018. A possibilidade de este contrato ser entregue à West Sea já tinha sido colocada em Dezembro passado pelo ministro da Defesa, José Pedro Aguiar-Branco. 

Durante uma cerimónia realizada nos estaleiros de Viana do Castelo para a assinatura do primeiro contrato de construção naval fechado pela subconcessionária dos ENVC, José Pedro Aguiar-Branco anunciou a intenção do Governo de avançar com a construção de dois NPO, no âmbito da nova Lei de Programação Militar. Na ocasião manifestou esperança, "porque a isso obrigam as regras da concorrência", de que Viana do Castelo "reunisse as condições para fazer estas construções". (CM)

Falta investimento para reequipar a Marinha

O Dia da Marinha teve este ano Lisboa como centro das celebrações e a Praça do Comércio, junto ao cais das colunas, foi o palco principal. Um palco onde Luís Manuel Fourneaux Macieira Fragoso, Almirante Chefe do Estado-Maior da Armada (CEMA), alertou para a falta de recursos materiais, humanos e financeiros na Marinha.

O Almirante começou por afirmar que mesmo com nos actuais tempos de «grande exigência, pela exiguidade, quer em recursos financeiros, quer em pessoal» e «com algumas limitações» foi assegurado «o Dispositivo Naval Padrão no Continente e nas Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira, recorrendo para o efeito a todos os meios existentes».

Mesmo com fortes limitações de recursos a Marinha esteve presente, no último ano, em diversas missões internacionais, lembrou o Almirante, referindo «designadamente no Afeganistão, contribuindo para a segurança e estabilidade regional, na missão de treino militar no Mali e na República Centro Africana». E nas conhecidas acções «no Mediterrâneo e no Golfo da Guiné».

Em relação à missão no Golfo da Guiné, o Almirante referiu que «a nossa presença neste teatro é muito relevante para os nossos parceiros e aliados porque participando no esforço global, necessário para garantir a segurança no Golfo da Guiné, demonstramos o nosso empenhamento na região e, simultaneamente, através das acções de cooperação específicas com os países africanos de língua portuguesa, contribuímos para edificação e desenvolvimento das capacidades dessas marinhas amigas».

Um exemplo de cooperação com países africanos lusófonos foi «o emprego da fragata Alvares Cabral no auxílio a Cabo Verde, aquando da erupção do vulcão na ilha do Fogo», lembrou o CEMA.

Para que seja possível à Marinha envolver-se nas diversas missões, nomeadamente «em acções de combate ou, como neste caso, prestando auxílio a populações vítimas de situações de catástrofe ou calamidade» é preciso que haja Poder Naval, alerta o Almirante, ou seja, possuir «mobilidade, flexibilidade e sustentação» e para isso «é necessário ter navios prontos».

Para ter navios prontos é «necessário ter, em permanência, o material pronto e disponível, a guarnição completa e treinada, requerendo para o efeito um investimento considerável em recursos materiais, humanos e financeiros», afirmou o CEMA.

Referindo-se à Lei da Programação Militar (LPM) aprovada pelo Governo, o CEMA referiu que «ainda subsiste um volume insuficiente de investimento militar destinado à Marinha, necessário para a adequada edificação das capacidades requeridas». Esclarecendo que «nas actividades marítimas é tudo muito dispendioso e mais ainda na Marinha militar. Tal facto exige uma programação de longo prazo».

«Assim, torna-se imperioso assegurar que a LPM seja dotada com as verbas necessárias à concretização dos programas de reequipamento e, sobretudo, evitar todo o tipo de restrições que possam vir a ser imputadas à utilização das verbas previstas, pois estas são altamente perturbadoras para a concretização dos programas», afirmou o Almirante.

No Dia da Marinha o CEMA também chamou a atenção para o valor da extensão da plataforma Continental, referindo que com esta extensão «abrir-se-ão oportunidades únicas de transformar Portugal» e desta forma «deixar-mos de ser um pequeno país periférico no continente Europeu, para nos transformar-mos, num país marítimo e central no espaço atlântico»

O Almirante chamou a atenção do Governo para algumas oportunidades de investimento, nomeadamente para a possibilidade da aquisição a França de um Navio Polivalente Logístico, que mesmo com 15 anos de operação considera ser uma boa compra.

Como exemplo de oportunidades já concretizadas referiu a aquisição dos quatro navios, da classe STANFLEX, à Dinamarca. Mas o Almirante também alertou para outra necessidade que considera fundamental para o cumprimento da missão da Marinha, ou seja a falta de Corvetas, referindo que as existentes «estão à beira do fim inexorável, cuja substituição foi forçadamente adiada, devido ao não cumprimento do calendário programado para o fornecimento dos Navios de Patrulha Oceânica». (TV.C)

Protocolo aproxima clusters ibéricos de aeronáutica

A Secretária de Estado Adjunta e da Defesa Nacional aquando da assinatura de um protocolo entre a AED - Associação Nacional de Aeronáutica, Espaço e Defesa e a congénere andaluza, Fundación Hélice, afirmou que "está na hora de estender às empresas que operam dos dois lados da nossa fronteira a cooperação" que se tem verificado ao nível dos dois Estados.

Berta Cabral acredita que, "sem perda de identidade de cada parte, é possível construir um cluster de indústrias de aeronáutica e do espaço com dimensão ibérica e fazer dele uma relação win-win para portugueses e espanhóis".

"Ganhar dimensão é muito importante nesta fase, até porque os nossos competidores directos são normalmente gigantes no cenário internacional", justificou a governante, realçando o papel da idD - Plataforma das Indústrias de Defesa Nacionais na promoção externa e interna deste sector, além do trabalho de estímulo ao estabelecimento de parcerias.

A governante afirmou a disponibilidade do Governo português para apoiar iniciativas que abram portas às empresas portuguesas associadas ao universo da lusofonia, sobretudo em África e na América do Sul, onde também se espera reciprocidade do Governo espanhol relativamente aos espaços da hispanidade.

O protocolo assinado pelo General José Cordeiro, presidente da AED, e por Joaquín Rodriguez Grau, homólogo da Fundación Hélice, visa aumentar o conhecimento mútuo das empresas dos clusters português e espanhol da aeronáutica, aviação e espaço e instigar parcerias entre elas.

Em Sevilha, a Secretária de Estado Adjunta e da Defesa Nacional visitou o CATEC - Centro Avançado de Tecnologias, no Aerópolis - Parque Tecnológico Aeroespacial da Andaluzia acompanhada por uma delegação de empresários nacionais do sector e foi recebida pelo Director-Geral da IDEA - Agência de Inovação e Desenvolvimento da Andaluzia.

Antes, Berta Cabral encontrou-se ainda com o Delegado do Governo Espanhol na Andaluzia, Antonio Sanz.

Já durante a tarde, a governante teve a oportunidade de conhecer a linha de montagem do A-400M nas instalações da Airbus Defence & Space, também nos arredores de Sevilha. (Defesa)

Ministro da Defesa Nacional entrega carta náutica a São Tomé e Príncipe

Durante a tarde de ontem, José Pedro Aguiar-Branco reuniu com a equipa de Mergulhadores da Marinha Portuguesa, que está em missão em São Tomé e entregou uma carta náutica ao seu homólogo, Carlos Stock.

A carta náutica entregue foi elaborada pela Marinha Portuguesa, e contém dados sobre a baía de Ana Chaves, retratando "os graves problemas" que existem na área do cais das alfândegas.

"Ela (a carta) dá-nos a oportunidade de conhecer os graves problemas que temos no fundo do nosso mar com vários destroços de navios que foram a pique e outros que estão encalhados", disse o ministro da Defesa e do Mar são-tomense.

A equipa de militares mergulhadores portugueses está a trabalhar em conjunto com militares da Guarda Costeira de São Tomé e Príncipe na reflutuação de uma embarcação afundada na baía de Ana Chaves.

"Os trabalhos, embora com algumas dificuldades inerentes às condições climatéricas, estão a decorrer conforme previsto, por isso tudo aponta que irá ser concluído com sucesso", disse o ministro da Defesa Nacional.

José Pedro Aguiar-Branco acrescentou ainda que o apoio português para a reflutuação da embarcação afundada representa "um caso prático concreto" da cooperação técnico-militar entre os dois países.

"É uma matéria muito importante que tem a ver com a segurança da navegação marítima e tem a ver com a remoção desse obstáculo, a reflutuação do navio D'ouro que se encontra em zona que faz perigar a rota marítima essencial", concluiu.

O responsável pela pasta da Defesa Nacional está em São Tomé para participar nos trabalhos da XVI reunião dos ministros da Defesa da Comunidade de Países de Língua Portuguesa, que decorrem durante o dia hoje. (Defesa)

26 de maio de 2015

MARINHA NA REGATA VOLVO OCEAN RACE 2015

A Marinha quis estar presente num dos eventos mais duros e desafiantes que acontecem nos Oceanos, a regata Volvo Ocean Race, que este ano ao passar pela nossa capital atlântica, conta com a presença de dois navios que simbolizam a cultura marinheira do nosso país, a Sagres e o Creoula.

Quem se deslocar à Race Village, situada na Doca de Pedrouços poderá também participar em várias actividades na área dedicada à Marinha, como simular o comando de um helicóptero e de um navio, ou para quem gosta de actividades mais radicais poderá fazer baptismos de mergulho com os Mergulhadores da Armada que tem no local uma piscina para a actividade, ou efectuar uma parede de escalada com os Fuzileiros. No local está também patente uma exposição do Instituto Hidrográfico.

Na doca, estarão as Lanchas Anfíbias de Reabastecimento e Carga (LARC) dos Fuzileiros onde vai ser possível desfrutar de um passeio anfíbio no rio Tejo.

A edição do Volvo Ocean Race 2014/2015 teve início a 11 de Outubro de 2014 em Alicante, Espanha e terminará a 27 de Junho de 2015 em Gotemburgo, na Suécia. Nesta edição serão percorridas ao todo 38,739 milhas náuticas. (Marinha)

Mais de 100 aviões russos participam em exercício

A Força Aérea da Rússia começou hoje a mudança de mais de 100 aviões das suas bases para aeródromos de operações como parte de um exercício surpresa, anunciou o Ministério da Defesa do país.

«As tripulações já receberam as missões de voo», lê-se num comunicado do Ministério, que adiantou que o agrupamento aéreo do distrito militar central participa nas manobras, com reforços de unidades de outras regiões do país.

O objectivo do exercício surpresa, segundo o Ministério da Defesa, é verificar a mobilização dos sistemas de comando da aviação em condições de campanha, bem como a assistência logística nas suas novas localizações.

No total, participam nas manobras 12 mil efectivos, até 250 aviões e helicópteros, além de unidades de armamento pesado e transporte.

O exercício de hoje faz parte dos preparativos das manobras estratégicas «Tsentr-2015», previstas para Setembro deste ano, e coincidem com as manobras aéreas Arctic Challenge Exercise (ACE) que nove países, seis dos quais da NATO, incluindo os Estados Unidos, começaram segunda-feira no norte da Suécia.

Os exercícios no país escandinavo, em que participam 115 aviões, incluindo 90 caças de combate, e mais de 3,5 mil efectivos, estão entre os mais importantes deste género na Europa este ano, e simulam uma resposta colectiva em caso de guerra. (DD)

Portugal propõe contingente de manutenção de paz lusófono

A proposta foi lançada durante a XVI reunião dos ministros da defesa nacional da comunidade lusófona que decorreu hoje na capital são-tomense.

"Nas operações de manutenção da paz a CPLP tem meios, condições e capacidade para um contributo colectivo e efectivo. A nossa experiência individual em várias missões das Nações Unidas deveria ser aproveitada para enviar um contingente de CPLP numa operação de manutenção de paz das Nações Unidas", disse José Aguiar-Branco

O ministro português sugeriu ainda a formação e a saúde como outras duas áreas potenciais para sustentar a cooperação.

"Na formação, podemos avançar para a criação de um colégio de defesa da CPLP a funcionar alternadamente nos nossos superiores militares, com cursos pensados para a especialização dos militares e abertos a outros países amigos", defendeu.

"Na saúde militar temos que apostar mais no desenvolvimento de projectos de investigação conjuntos e no intercâmbio entre hospitais militares", acrescentou.

Antes de passar testemunho da presidência rotativa da organização para seu homólogo de São Tomé e Príncipe, Aguiar Branco saudou o regresso da Guiné-Bissau ao convívio da comunidade e destacou a língua e valores comuns em que se apoia a identidade da CPLP em matéria de defesa.

Para o secretário executivo da Comunidade de Países de Língua Portuguesa as organizações internacionais como a CPLP desempenham um papel fundamental entre os seus membros, constituindo-se como espaço de segurança colectiva, estabilidade e paz e assumindo-se como baluarte da defesa e da democracia, do estado de direito e dos direitos humanos.

"Estou certo que a XVI reunião dos ministros da defesa da CPLP constituirá mais um passo em frente no aprofundamento da cooperação entre os estados membros em matéria da defesa a qual tem implicações directas no sucesso das políticas de desenvolvimento em curso nos nossos estados membros", disse Murade Murargy.

Os conflitos que abalam o mundo, particularmente a África, orientam a CPLP para o reforço da cooperação internacional, destacou o ministro são-tomense da Defesa Nacional e do Mar.

"Temos uma agenda muito recheada de assuntos importantes para o reforço dos laços que nos unem e consequentemente criarmos uma plataforma de segurança e defesa ao serviço dos nossos povos, países regiões e do mundo global de que fazemos partes", disse Carlos Stock.

O ministro são-tomense dos negócios estrangeiros que presidiu o ato justificou a ausência do primeiro-ministro Patrice Trovoada, falou da ameaça que o grupo terrorista Boko Aran representa para o Golfo da Guiné e da pirataria marítima.

"O estado são-tomense reconhece os esforços desenvolvidos pelos seus parceiros de desenvolvimento de são Tomé e Príncipe e de outros estados da região no combate a esta organização", sublinhou Salvador Ramos. (NM)

Militares da Força Aérea homenageados na Roménia

Os militares da Força Nacional Destacada (FND) na Base Aérea de Câmpia Turzii, Roménia, a realizar a Operação Falcon Defence 15, receberam uma visita do Clube de Futebol CFR 1907, de Cluj, no passado dia 20 de Maio.

O CFR 1907, Clube de futebol romeno que regista o maior número de contratações de jogadores portugueses, fez questão de saudar o contingente nacional tendo o seu Presidente, Iuliu Mureşan, jogadores e restante equipa técnica, tido a possibilidade de visitar o Destacamento Aéreo e assistir à descolagem das aeronaves F16 Fighting Falcon.

No final, houve lugar à tradicional troca de camisolas, tendo o Presidente do Clube de Futebol CFR 1907, agradecido a oportunidade, retribuindo com um convite para receber os militares portugueses no jogo mais importante da época contra o Rapid de Bucarest.

Sábado, dia 23 de Maio, a FND foi homenageada antes do início do jogo, onde Iuliu Mureşan e o seu capitão de equipa, “Camora”, jogador português, entregaram a taça do clube, reverberando desta forma, a boa relação que existe com a comunidade e cultura portuguesa em Cluj.

No intervalo do jogo, existiu ainda tempo para um momento especial. Um pedido de casamento muito emocionante tendo sido acarinhado por toda a assistência. (FAP)

MERGULHADORES DE COMBATE DAS MARINHAS PORTUGUESA E ESPANHOLA NO EXERCÍCIO SPANISH MINEX 2015

No âmbito da participação do NRP BAPTISTA DE ANDRADE no exercício internacional SPANISH MINEX 2015, a decorrer nas proximidades de Alicante até 28 de Maio, encontram-se embarcadas duas equipas de mergulhadores, da Marinha Portuguesa e Espanhola, com o objectivo de promover a cooperação e treino de procedimentos no combate à guerra de minas em águas pouco profundas (Very Shallow Waters) em cenários de crise.

A equipa Portuguesa, do Destacamento de Mergulhadores Sapadores número 3 para Guerra de Minas, constituída por 10 elementos, embarcou a 11 de maio em Tróia. Por sua vez a equipa Espanhola, da Unidad de Buceadores M.C.M., composta por 15 elementos, embarcou em Alicante a 20 de maio, tendo já realizado vários mergulhos conjuntos, salienta-se a excelente performance obtida pelos Autonomous Underwater Vehicles (AUV), em especial do SEACON-1, AUV desenvolvido a partir de uma parceria entre a Marinha Portuguesa e a Universidade do Porto.

A Corveta Baptista de Andrade navega agora com um total de 110 elementos, mais 39 do que a sua guarnição normal de 71 marinheiros. (Emgfa)

25 de maio de 2015

Dia da Marinha (Vídeo)

EXERCÍCIO ORION 2015

O ORION 15 é um exercício Sectorial de nível Exército, que tem como finalidade de avaliar e certificar capacidades da Componente Operacional do Sistema de Forças na resposta a um espectro abrangente das operações terrestres, nomeadamente, em Operações de intervenção limitada, de resposta a crises e de alta intensidade.

No período de 17 de Maio a 05 de Junho, encontram-se a decorrer as operações planeadas através do emprego táctico das Forças constituídas, culminando com a realização do DVD a 04 de Junho, designado de Demonstração de Capacidades - execução de fogos reais.

O emprego de forças no terreno, cerca de 3000 militares, incluindo a colaboração de elementos da Marinha e Força Aérea, utiliza um cenário desenvolvido pela NATO, viabilizando que a Força de Reacção Imediata e Elementos de Operações Especiais, o Batalhão PANDUR/NRF 16, e a Brigada Mecanizada, concretizem, respectivamente: a evacuação de cidadãos nacionais, a criação de condições para a existência de um ambiente seguro para a intervenção da ajuda humanitária, e a reposição das fronteiras de um país fictício. (Exército)

24 de maio de 2015

Ministro da Defesa Nacional anuncia 6088 promoções para 2015

Durante o tradicional discurso o ministro da Defesa Nacional, José Pedro Aguiar-Branco anunciou que foi assinado o despacho que autoriza as promoções nas forças armadas durante o corrente ano, num total de 6088 militares promovidos.

Recordando que a decisão de descongelar as promoções nas forças armadas foi tomada em 2011 pelo actual Governo, o governante sublinhou que a decisão se manteve ao longo de todo o mandato, “no escrupuloso cumprimento dos requisitos estabelecidos na lei do Orçamento do Estado”.

José Pedro Aguiar-Branco destacou também o trabalho desenvolvido pela Marinha referindo que só este ano, já foram salvas 116 vidas em operações de resgate, relembrando que “todas ou grande parte das suas missões são missões de serviço público”.

Antes de terminar, o ministro da Defesa Nacional referiu que “o futuro está no mar”, pelo que o saber e o conhecimento da Marinha será fundamental para o investimento nesta área.

O Chefe de Estado-Maior da Armada, por sua vez, referiu que apesar dos “tempos que atravessamos” serem “de grande exigência” a Marinha tem sempre assegurado o cumprimento da sua missão, designadamente, ao nível das Forças Nacionais Destacadas.

Durante a sua intervenção, o Almirante Macieira Fragoso destacou o trabalho desenvolvido pelo Instituto Hidrográfico e pela Autoridade Marítima Nacional, acrescentando que o seu modelo actual de funcionamento “é o que melhor serve Portugal”.

O Chefe de Estado-Maior da Armada afirmou ainda que o Governo “pode contar com uma Marinha focada no serviço à Nação, pronta, credível e eficiente, constituída por pessoas competentes, preparadas e motivadas, capazes de valorizar permanentemente as suas capacidades para, com os meios adequados, assegurar a defesa dos interesses de Portugal no Mar”.

Nesta cerimónia, para além do responsável pela pasta da Defesa Nacional esteve também presente a Secretária de Estado Adjunta e da Defesa Nacional, Berta Cabral, e o presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Fernando Medina. (Defesa)

DISCURSO DO ALMIRANTE CEMA POR OCASIÃO DO DIA DA MARINHA

Excelentíssimo Senhor Ministro da Defesa Nacional,

A presença de Vossa Excelência nesta cerimónia, de comemoração do Dia da Marinha, em que assinalamos a passagem de mais um aniversário da chegada da Armada de Vasco da Gama a Calecute, feito emblemático da qualidade dos marinheiros portugueses, é sinal inequívoco do reconhecimento do esforço e dedicação dos que servem Portugal na Marinha.

Agradeço, em meu nome e em nome da Marinha, a honra e a atenção que Vossa Excelência nos concedeu.


Excelentíssimo Senhor Presidente da Câmara Municipal de Lisboa,

Quando recebemos o convite para celebrar o Dia da Marinha em Lisboa, disponibilizando desde logo este local, a principal praça da capital, foi com júbilo que aceitámos, pela oportunidade de nos aproximarmos mais da população da cidade que desde sempre foi nossa sede e de onde partiram os nossos antepassados para dar novos mundos ao mundo.

A Marinha orgulha-se de colaborar com a Câmara Municipal de Lisboa na requalificação desta zona da cidade que assim passou a permitir aos lisboetas e aos que nos visitam o usufruto de um espaço agradável com grande significado histórico para Lisboa e para a Marinha.

Efetivamente, a Marinha é parte da história e da vida desta cidade, em particular na zona em que nos encontramos, como o testemunha a toponímia da envolvente. A rua do Arsenal, a Ribeira das Naus, ou ainda, na designação tradicional, o Cais do Sodré.

A história mostra-nos que a Marinha se encontra aqui presente desde os tempos medievais. Com efeito, os estaleiros já existentes, com a edificação do Paço da Ribeira, no reinado de D. Manuel I, foram deslocados para jusante, para o local onde no século XVIII, logo após o terramoto de 1755, foi edificado o Arsenal, bem como instalados os serviços da Marinha e o Conselho do Almirantado.

Penso, pois, poder afirmar que a Marinha nasceu aqui e daqui partiu para levar Portugal aos quatro cantos do mundo.


Senhor Presidente da Câmara Municipal de Lisboa,

A celebração do Dia da Marinha, que se realiza todos os anos numa cidade ou vila costeira, tem como grande objetivo levar a Marinha para junto das populações que orgulhosamente servimos, dando a conhecer quem somos e o que fazemos. Nada melhor do que faze-lo aqui na Praça do Comércio e na Ribeira das Naus.

Um projeto desta envergadura apenas pode ser coroado de êxito se for abraçado por todos, pelos marinheiros claro, mas também pelos autarcas e demais colaboradores que connosco trabalharam.

Senhor Presidente, agradeço o convite, o prestimoso apoio e a total disponibilidade da Câmara a que Vossa Excelência Preside, sem a qual, esta celebração não seria possível.

Bem-haja.

Senhora Secretária de Estado Adjunta e da Defesa Nacional,

Senhores Deputados,

Senhores Almirantes Antigos Chefes do Estado-Maior da Armada,

Senhor Tenente-General Chefe da Casa Militar de Sua Excelência o Presidente da República,

Senhor Vice-Almirante Vice-Chefe do Estado-Maior da Armada,

Senhores Tenentes-Generais, Vice-Chefes, em representação dos Chefes do Estado-Maior dos Ramos,

Senhoras e Senhores Vereadores e demais Autarcas,

Senhores Almirantes,

Ilustres Autoridades Civis e Militares,

Distintos Convidados,

Minhas Senhoras e meus Senhores,

Agradeço a presença de Vossas Excelências nesta cerimónia, que desta forma afirmam a estima e consideração que nutrem pela Marinha e pelos seus marinheiros.

Sejam bem-vindos.



Militares, Militarizados e Civis da Marinha,

Saúdo-vos, e afirmo que é para mim uma enorme honra comandar as mulheres e os homens que, abnegadamente, cumprem as missões que nos são atribuídas.

São vocês que, com empenho e devoção, transformam os recursos que nos são disponibilizados em valor acrescido para o País, defendendo no mar, os interesses de Portugal.

O Dia da Marinha, que hoje celebramos, é o dia de todos os militares, militarizados e civis, que são da Marinha.

A Marinha existe para servir os portugueses no mar, por isso permitam-me que dirija uma saudação muito especial àqueles que hoje, em missão no mar, asseguram presença no Golfo da Guiné, aos que se encontram com missão atribuída nos espaços marítimos sob soberania, jurisdição e responsabilidade nacional, cumprindo tarefas de vigilância e controlo, bem como, a muito nobre missão de salvaguarda da vida humana no mar.

Uma palavra de apreço também para os que, em terra, cumprem missões operacionais, longe dos seus, nos diversos teatros de operações em que a Marinha marca presença.

Neste dia, através dos meus ilustres antecessores, aqui presentes, saúdo também, de forma particular, os que tendo deixado o serviço ativo, são da Marinha.



Senhor Ministro da Defesa Nacional,

O Dia da Marinha, para além de ser um dia de festa, constitui também uma oportunidade para refletir sobre as missões que realizámos no último ano e apresentar as linhas genéricas de como nos preparamos para enfrentar os desafios que se divisam no horizonte.

Os tempos que atravessamos continuam a ser de grande exigência, pela exiguidade, quer em recursos financeiros, quer em pessoal. Porém, como referi noutras ocasiões, nós marinheiros habituámo-nos a não escolher o tempo e, por isso cá estamos, enfrentando o temporal, procurando rumar a porto seguro.Neste enquadramento, ainda que com algumas limitações, assegurámos o Dispositivo Naval Padrão no Continente e nas Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira, recorrendo para o efeito a todos os meios existentes.

No âmbito dos compromissos internacionais assumidos por Portugal, perante a NATO, a União Europeia e as Nações Unidas, mantivemos em prontidão os meios requeridos e empenhámos os necessários para os diversos tipos de missões, envolvendo Fragatas, Submarinos e Navios de Patrulha Oceânica.

Ainda neste contexto, estivemos presentes em missões internacionais em terra, designadamente no Afeganistão, contribuindo para a segurança e estabilidade regional, na missão de treino militar no Mali e na República Centro Africana.

Respondemos, também, aos novos desafios que a comunidade internacional enfrenta, designadamente, no Mediterrâneo e no Golfo da Guiné.

Neste último teatro empenhámos uma fragata, nos exercícios internacionais da sérieExpress, no âmbito da Africa Partnership Station, em 2014 e também já este ano, tendo a fragata Bartolomeu Dias regressado recentemente dessa missão.

Esta iniciativa dos Estados Unidos da América, visa o empenhamento da comunidade internacional na promoção de condições para que os países do Golfo da Guiné possam assumir as suas responsabilidades, garantindo a segurança das linhas de comunicação marítima da região.

A nossa presença neste teatro é muito relevante para os nossos parceiros e aliados porque participando no esforço global, necessário para garantir a segurança no Golfo da Guiné, demonstramos o nosso empenhamento na região e, simultaneamente, através das ações de cooperação específicas com os países africanos de língua portuguesa, contribuímos para edificação e desenvolvimento das capacidades dessas marinhas amigas.

É neste contexto que, depois da atribuição da Fragata, presentemente se encontra em missão na área, o Navio de Patrulha Oceânica Figueira da Foz.

No que respeita ao Mediterrâneo, também respondemos às responsabilidades assumidas pelo nosso país no apoio ao controlo das fronteiras externas da Europa, empenhando, por duas vezes, navios de patrulha oceânica, assim contribuindo para o esforço europeu.

Em Novembro passado, o NRP Viana do Castelo viu-se envolvido em operações de salvamento de migrantes irregulares tendo, em 5 acções de busca e salvamento, recolhido mais de 500 pessoas que entregou, sãs e salvas, às autoridades italianas.

Refiro, ainda, o emprego da fragata Alvares Cabral no auxílio a Cabo Verde, aquando da erupção do vulcão na ilha do Fogo, largando para o mar em menos de 48h, após determinado.

Esta resposta, em tão pouco tempo, é bem demonstrativa da importância de termos meios prontos e capazes para, em qualquer local, serem empenhados, em acções de combate ou, como neste caso, prestando auxílio a populações vítimas de situações de catástrofe ou calamidade.

Finalmente, estivemos presentes em exercícios conjuntos e combinados, preparando as nossas forças, para poder responder de forma cabal às necessidades de defesa própria e autónoma, bem como para assegurar a protecção dos interesses nacionais, onde, como e quando for considerado necessário.Estas acções traduzem bem as características do Poder Naval: mobilidade, flexibilidade e sustentação. Mas para dispor e empregar este Poder é necessário ter navios prontos.

Parece tarefa simples, mas não o é. Para o garantir torna-se necessário ter, em permanência, o material pronto e disponível, a guarnição completa e treinada, requerendo para o efeito um investimento considerável em recursos materiais, humanos e financeiros.

Como disse no início, o Dia da Marinha é dia de todos os que são da Marinha, os que cumprem missões militares, mas também as não especificamente militares.

Este é o caso dos que servem no Instituto Hidrográfico, que pela sua competência e espírito de missão continuam a prestigiar a Marinha pela elevada qualidade dos trabalhos realizados, fazendo com que o Instituto continue a ser um parceiro indispensável da comunidade científica e um actor determinante para o desenvolvimento nacional, assegurando simultaneamente o apoio necessário à actividade operacional da Marinha e da Autoridade Marítima.

A preservação do legado histórico e a promoção da cultura ligada ao mar constitui um dos pilares das actividades da Marinha de natureza não militar.

Neste sentido, os que servem no âmbito da Comissão Cultural da Marinha merecem uma referência pela elevada qualidade dos serviços prestados, assegurando desta forma o contributo da Marinha para a preservação e difusão da cultura portuguesa.

Compete também à Marinha assegurar os recursos humanos e materiais necessários à missão da Autoridade Marítima Nacional. É nesse sentido que, na minha dupla qualidade de Comandante da Marinha e de Autoridade Marítima Nacional, saúdo todos os que sendo da Marinha servem Portugal nesta relevante estrutura.

É com orgulho que me refiro ao notável trabalho desenvolvido pelos que integram a Autoridade Marítima, designadamente, a sua Direcção-Geral, todos os órgãos dela dependentes e a Polícia Marítima.

Minhas Senhoras e meus Senhores, permitam-me, aqui fazer uma pequena reflexão,

Um dos maiores desafios do nosso País será hoje, como sempre o foi, a forma como encarará a sua relação com o mar.

Com a extensão da plataforma Continental, abrir-se-ão oportunidades únicas de transformar Portugal.

Está assim ao nosso alcance, deixarmos de ser um pequeno país periférico no continente Europeu, para nos transformarmos, num país marítimo e central no espaço Euro-atlântico.

Este grande desafio exige que, o Estado dê a devida prioridade ao mar, garantindo a sua boa governança.

Importa assim, que não se dupliquem capacidades para as mesmas tarefas, e se desperdicem recursos, numa lógica de pequenos poderes que compromete necessariamente as probabilidades de sucesso.

É pois neste contexto que reafirmo a minha convicção de que o modelo da Autoridade Marítima que soubemos construir nos últimos duzentos anos é, o que melhor serve Portugal.

É um modelo português, que nasceu de toda a experiência desta nação, que lutou sempre com escassos recursos para as tarefas que o seu sonho marítimo impôs.

Também é o modelo que conjuga dois factores cruciais de sucesso:


a articulação das principais funções e responsabilidades do Estado Costeiro, num todo coerente e eficaz, que confere ao Estado no mar, a necessária unidade de esforço;


e a utilização criteriosa, racional e inteligente dos recursos humanos e materiais disponíveis, conferindo eficiência.

É assim, com uma convicção, alicerçada na cultura marítima portuguesa, que considero

o modelo funcional de uma Autoridade Marítima com competências próprias, essencialmente suportada nos recursos humanos e materiais da Marinha, é o que verdadeiramente responde aos interesses nacionais.

Senhor Ministro da Defesa Nacional,

A Marinha, apesar das grandes dificuldades com que se confronta e que Vossa Excelência bem conhece, continua a cumprir a sua missão. De facto, o produto operacional da Marinha, e que volto a referir, muito nos orgulha, apenas foi possível executar por dois grandes motivos.

Primeiro, devido a uma dedicação ímpar de todos os que servem na Marinha, muitas vezes com grande sacrifício pessoal e familiar sempre procurando as soluções que viabilizem, com os escassos recursos disponíveis, o cumprimento das missões que nos foram atribuídas.

Segundo, devido à elevada prioridade que foi dada à operação e manutenção da esquadra, concentrando todos os esforços e alocando, não só recursos já disponíveis, mas também as verbas que no âmbito do orçamento do Ministério da Defesa, reforçaram o orçamento da Marinha, para estas actividades, naturalmente em detrimento das estruturas de apoio e de algumas acções de manutenção em infraestruturas.

No que respeita à manutenção quero, como referi no ano transacto, assegurar que nenhum meio será empenhado sem cumprir com as regras de segurança. Mas, mesmo considerando a actual conjuntura, importa dispor do financiamento adequado para efectuar todas as acções de manutenção necessárias, e assim mitigar o risco de perder, precocemente, meios muito dispendiosos.

No que respeita ao investimento, apesar da recente aprovação da LPM, constata-se que ainda subsiste um volume insuficiente de investimento militar destinado à Marinha, necessário para a adequada edificação das capacidades requeridas.

Nas actividades marítimas é tudo muito dispendioso e mais ainda na Marinha militar. Tal facto exige uma programação de longo prazo. Assim, torna-se imperioso assegurar que a LPM seja dotada com as verbas necessárias à concretização dos programas de reequipamento e, sobretudo, evitar todo o tipo de restrições que possam vir a ser imputadas à utilização das verbas previstas, pois estas são altamente perturbadoras para a concretização dos programas.

Senhor Ministro, esta é uma realidade que também conhece bem, constituindo, aliás, imperativo de justiça, sublinhar a compreensão de Vossa Excelência para os problemas atrás mencionados e, realçar, o esforço feito para assegurar o reequipamento da esquadra, num quadro de disponibilidades financeiras muito exíguas.

Nestes tempos difíceis temos que saber aproveitar as oportunidades e este foi o caso, relativamente à imperativa substituição dos patrulhas Cacine em que, por não ser possível encontrar financiamento e também não ser viável construir novos Navios de Patrulha Costeira, no tempo exigido pelo fim inevitável dos Cacine, houve que procurar outras opções.

Tomou-se conhecimento que a Dinamarca disponibilizava, para venda, navios da classe STANFLEX, a preço simbólico, mas necessitando de reconfiguração para poderem responder às necessidades da Marinha e, assim, executar as missões que lhes estarão confiadas.

Nestas circunstâncias, foi decidido adquirir quatro navios, em excelentes condições, dos quais o primeiro já se encontra na Base Naval de Lisboa, pronto para iniciar os trabalhos projectados, estando previsto que possa estar operacional dentro de aproximadamente um ano.

Também as Corvetas, instrumentos fundamentais para o cumprimento da missão da Marinha, estão à beira do fim inexorável, cuja substituição foi forçadamente adiada, devido ao não cumprimento do calendário programado para o fornecimento dos Navios de Patrulha Oceânica.

Neste sentido, o governo manifestou empenho e atribuiu financiamento na LPM para a contratação de um segundo par de NPO’s, que espero possam passar do projecto à construção muito em breve.

Neste âmbito, gostaria de realçar que urge dispormos destes meios, pois como bem sabemos o tempo corre contra nós.

Adicionalmente, e mais uma vez fruto da oportunidade, está a ser equacionada a possibilidade de comprar, a França, um Navio Polivalente Logístico, na circunstância o LPD Siroco. Este navio, com cerca de quinze anos de operação, o que para uma unidade deste tipo constitui menos de meio ciclo de vida, poderá ser adquirido por um preço comportável com as disponibilidades financeiras do Estado. Este é um meio naval cuja necessidade para o Sistema de Forças há muito foi identificada, não tendo sido considerada a sua aquisição na LPM, apenas por não ser possível o financiamento para a construção de um navio novo, o qual representaria cerca de cinco vezes o valor em discussão para a aquisição do navio francês.

Naturalmente que, caso esta aquisição se concretize, tal constituirá mais um grande desafio para a Marinha. Porém, quero aqui assegurar que todas as dificuldades e desafios estão a ser identificados, para que se encontrem as melhores soluções, na certeza de que a Marinha não vira as costas às dificuldades.


Militares, Militarizados e Civis da Marinha,

Continuamos a viver circunstâncias excecionais, os recursos financeiros que o País pode disponibilizar às Forças Armadas e em particular à Marinha, são como bem sabemos, limitados.

Neste contexto, é ainda mais importante garantir que efetuamos uma gestão eficiente e eficaz.

Mas para que a gestão, por mais virtuosa que seja, possa produzir efeitos é imperativo que a ação, a todos os níveis, seja focada nesse objetivo de maximizar a eficiência e a eficácia.

Por isso, todos temos que assumir a nossa cota de responsabilidade, no criterioso emprego dos recursos que nos são disponibilizados.

Mas, porque como é bem sabido, o mais importante recurso que temos à nossa disposição são as mulheres e os homens, militares, militarizados e civis, que orgulhosamente servem Portugal na Marinha, exorto-vos a manter uma postura coesa, que defenda os valores da camaradagem, da honestidade e da competência, para desta forma, podermos continuar a merecer o respeito, a confiança e a consideração dos portugueses.

Posso garantir-vos que estarei sempre ao vosso lado, nos bons e nos maus momentos, e que pugnarei pela vossa defesa e pelos interesses da Marinha, porque estes serão certamente os interesses de Portugal.


Senhor Ministro da Defesa Nacional, 

 Há duas coisas que jamais podemos alterar: a geografia e a história.

Hoje celebramos aqui, nesta magnifica cidade, o dia dos que, em terra e no mar servem Portugal na Marinha, sem olhar a esforços e sem almejar recompensa que não seja o reconhecimento dos Portugueses que abnegadamente defendemos.

Vamos continuar a fazê-lo, bem certos das dificuldades que o País atravessa, mas também cientes que é no Mar que voltaremos a encontrar o tão almejado rumo para um futuro melhor.


Senhor Ministro,

Termino, afirmando que pode contar com uma Marinha focada no serviço à Nação, pronta, credível e eficiente, constituída por pessoas competentes, preparadas e motivadas, capazes de valorizar permanentemente as suas capacidades para, com os meios adequados, assegurar a defesa dos interesses de Portugal no Mar.


Disse

Luís Manuel Fourneaux Macieira FragosoAlmirante

23 de maio de 2015

Alunos da Academia da Força Aérea juram Bandeira

Realizou-se no dia 22 de Maio o Juramento de Bandeira dos alunos da Academia da Força Aérea.

A cerimónia foi presidida pelo Chefe do Estado-Maior da Força Aérea, General José António de Magalhães Araújo Pinheiro, e contou com a presença de várias individualidades militares e civis.

Depois da leitura dos deveres militares, os alunos assumiram o compromisso com a Pátria perante o Estandarte Nacional. De seguida, procedeu-se à bênção e entrega de espadas, culminando a cerimónia com o “beijo à bandeira”. (FAP)

Helicópteros Kamov em terra

Os cinco helicópteros Kamov, utilizados no combate aos incêndios florestais, estão parados, devido ao processo de transferência para a empresa que ganhou o concurso público de operação e manutenção dos aparelhos, indicou a Protecção Civil.

Fonte da Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC) disse à Lusa que, neste momento, não há helicópteros pesados para combater os incêndios florestais, estando a paragem relacionada com o processo de consignação das aeronaves para a empresa Everjets, que ganhou o concurso público de operação e manutenção dos aparelhos para os próximos quatro anos.

"O processo obriga a uma paragem dos meios para que sejam avaliados pela nova empresa", afirmou, adiantando que há questões processuais e administrativas que inviabilizam a operação das aeronaves.

A ANPC garantiu que os cinco Kamov vão estar disponíveis a 1 de Julho, quando se inicia a época crítica em incêndios florestais, sublinhando que, nas próximas semanas, devem estar no terreno um ou dois aparelhos.

Actualmente, o dispositivo de combate a incêndios florestais conta com seis helicópteros ligeiros, situados na Guarda, Castelo Branco, Monchique, Aveiro, Braga e Porto, indica a ANPC.

Sobre o incêndio florestal em Ponte de Lima, que está a ser combatido por um helicóptero ligeiro, a Protecção Civil esclarece que as estas aeronaves são utilizadas em combate inicial e o fogo já começou há mais de 24 horas.

De acordo com a ANPC, os helicópteros ligeiros são utilizados em combate inicial e têm um raio de autonomia que não excede os 40 quilómetros.

Em ataque ampliado, como é o caso deste incêndio, utilizam-se meios mais pesados, mas, devido à inexistência desses meios aéreos, o fogo de Ponte de Lima foi reforçado com meios terrestres, sublinhou à Lusa a fonte da ANPC.

A Everjets é responsável pela operação e manutenção dos helicópteros Kamov do Estado, nos próximos quatro anos, depois de ter vencido o concurso público de valor superior a 46 milhões de euros, tendo a ANPC assinado o contrato com esta empresa, no início de Fevereiro.

Além da operação e manutenção dos seis helicópteros Kamov, a Everjets é também responsável pelos trabalhadores da Empresa de Meios Aéreos (EMA), que foi extinta no final de Outubro do ano passado. (RR)

22 de maio de 2015

ACÇÃO DO EXÉRCITO NO PLANO DE CONTINGÊNCIA NACIONAL PARA A DOENÇA POR VÍRUS ÉBOLA

O Exército participa, através do Elemento de Defesa Biológica, Química e Radiológica, no Plano de Contingência Nacional para a doença por vírus Ébola, tal como publicitado no site da Direcção Geral de Saúde, podendo ser consultado através do seguinte link.

Exército e o ICNF assinam protocolo de cooperação

A cerimónia de assinatura do protocolo de cooperação entre as duas instituições ocorreu, esta manhã, em Calvão (concelho de Vagos), tendo contado com a presença do ministro da Defesa Nacional, José Pedro Aguiar-Branco, e da ministra da Agricultura e do Mar, Assunção Cristas.

Após a assinatura dos documentos formais os ministros, e as suas respectivas comitivas, visitaram o local onde estão as decorrer os trabalhos.

Em declarações aos jornalistas, José Pedro Aguiar-Branco destacou “a forma articulada como o Governo faz a prevenção e o combate aos incêndios, obtendo assim “uma maior racionalização dos meios e uma maior eficácia”.

O ministro da Defesa relembrou ainda que o equipamento empregue na operação FAUNOS tinha sido igualmente utilizado pela Força Nacional Destacada no Líbano, numa “lógica de duplo-uso”.

Assunção Cristas, por sua vez, afirmou ainda que a experiência de cooperação do ICNF com o Exército Português, no ano passado, foi “extraordinária”, permitindo uma redução de área ardida de cerca de 6 %. Ao todo, foram abertos 250 km de rede primária contra incêndios, prevendo-se, para este ano, a abertura de 350 km. (Defesa)

Escola das Armas recebe visita de Secretária de Estado Adjunta e da Defesa Nacional

A Secretária de Estado Adjunta e da Defesa Nacional realizou, esta quarta-feira, uma visita de trabalho à Escola das Armas, em Mafra, acompanhada pelo Chefe do Estado-Maior do Exército, General Carlos Hernandez Jerónimo.

Conduzida pelo Comandante da Escola das Armas, Coronel Tirocinado Morgado Baptista, a visita teve também a presença do Comandante da Instrução e Doutrina do Exército (CID), Tenente-General Rovisco Duarte, e do Director de Formação do CID, Major-General Ulisses de Oliveira.

Instalada em Mafra, a Escola das Armas ocupa parte significativa do Convento e tem polos contíguos na área de São Januário e no Alto da Vela, além de dispor de uma extensa área disponível para as suas actividades na Tapada Militar (360 hectares) e na Tapada Nacional (819 hectares).

A Escola das Armas concebe e ministra cursos de formação inicial, de progressão na carreira e de formação contínua, essencialmente na vertente técnica, e funciona em rede, articulada com a formação complementar táctica assegurada em Polos de Formação localizados em Unidades Operacionais.

No ano lectivo passado frequentaram a Escola das Armas 706 formandos e este ano já concluíram os cursos 516 formandos e estão ainda em formação mais 298.

Entre os projectos de Investigação e Desenvolvimento da Escola das Armas estão o desenvolvimento de um mini-UAV, módulos de energia portátil, um robô para apoio a operações terrestres, camuflados de regulação térmica e vestuário para uso militar.

Com um papel importante na Cooperação Técnico-Militar e nas missões das Forças nacionais Destacadas, a Escola das Armas abrange artilharia, cavalaria, infantaria, engenharia e transmissões e agrega também a escola de equitação do Exército. (Defesa)

Operações Aéreas na Roménia

Realizou-se no dia 15 de Maio, na Base Aérea de Campia Turzii (71st Air Base), Roménia, a cerimónia oficial que marca o início das Operações Aéreas da Força Nacional Destacada (FND), Operation Falcon Defence 15, no âmbito das Assurance Measures (AM) adoptadas pela NATO e com o intuito de promover a “…segurança e defesa colectiva no flanco sul da Europa”.

A Força Nacional tem ainda o objectivo de realizar missões de treino com a Força Aérea Romena, e restantes parceiros aliados, destacados na região, com o intuito de treinar e consolidar procedimentos de operação em coligação e no âmbito da “…defesa da integridade do espaço aéreo NATO”.

Portugal, que já havia realizado operações similares em 2007 e 2014 na Lituânia, e em 2012 na Islândia, reforça assim, uma vez mais, o contributo nacional para a coesão e esforço militar conjunto da aliança.

O contingente português é composto por 91 militares da Força Aérea das áreas de operações, protecção da força, manutenção, logística, comunicações e sistemas de informação, relações públicas e por quatro aeronaves F-16 Fighting Falcon. (FAP)

PROCISSÃO NOSSA SENHORA DA SAÚDE

A Real Irmandade da Nossa Senhora da Saúde e S. Sebastião realizou as tradicionais cerimónias em Honra da sua Padroeira, no período de 07 a 10 de Maio, em Lisboa, terminando com a centenária “Procissão de Nossa Senhora da Saúde”, também conhecida por “Procissão dos Artilheiros”, em 10 de Maio.

O Exército apoiou as actividades com a devida solenidade e profissionalismo que são timbre dos seus militares. (Exército)

Minivaivém X-37B volta ao espaço para mais uma missão secreta

A aeronave do programa espacial da força aérea americana regressou ao espaço, para a sua quarta missão, mais uma vez secreta. O minivaivém X-37B descolou esta quarta-feira do Cabo Canaveral.

Não se sabe quanto tempo o pequeno clone dos antigos vaivéns da NASA vai permanecer no espaço, mas apesar do secretismo da missão, foi divulgado pela força aérea que um dos objectivos é testar um propulsor para os satélites de comunicação apelidados de AEHF (Advanced Extreme High Frequency Satellite - satélites de alta frequência). O minivaivém transportará ainda material da NASA que será exposto ao ambiente espacial e depois estudado quando regressar à Terra.

Há ainda outra missão conhecida: o teste da LightSail ("vela solar") da Planetary Society, um projecto financiado pela Internet através do Kickstarter.

Trata-se de uma membrana reflectora que está compactada num volume semelhante ao de um pão de forma mas que, depois de desdobrada, fica com uma área de 32 metros quadrados.

O objectivo é demonstrar que é possível utilizar a minúscula pressão gerada pelos fotões (partículas de luz) do Sol ao embater num objecto como método propulsor.

Na última missão do X-37B durou 674 dias, tendo terminado em Outubro do ano passado. "Estamos muito contentes com a quarta missão do X-37B. Com o sucesso comprovado das três primeiras missões, foi possível mudar o nosso objectivo inicial de testar o veículo para testar cargas experimentais", afirmou Randy Wallen, da força aérea americana. (DN)

21 de maio de 2015

Estado Islâmico conquista Palmira e controla agora mais de metade da Síria

O autoproclamado Estado Islâmico (EI) tomou o controlo total de Palmira na noite de quarta-feira, horas depois de ter entrado na cidade. O exército de Assad bateu em retirada ainda durante a tarde face aos avanços dos extremistas e posicionou-se nos arredores da cidade, de onde, durante a madrugada desta quinta-feira, atacou com rockets e artilharia.

Com a conquista de Palmira, o autoproclamado califado controla agora mais de metade da Síria e passa a benficiar de um valioso ponto estratégico para lançar novas ofensivas. De acordo com o Observatório Sírio dos Direitos Humanos, uma organização com sede no Reino Unido que monotoriza o conflito no país, os jihadistas dominam uma área de 95 mil quilómetros quadrados, pouco mais de 50% do território total do país. Homs e Deir al-Zour, duas cidades disputadas pelos extremistas e forças leias a Assad, podem ser os próximos alvos.

Palmira resistiu durante uma semana à ofensiva dos jihadistas, que começou no dia 13 de Maio. Como aconteceu ao longo do ataque, as atenções estão sobretudo centradas nos monumentos da cidade, património mundial da UNESCO e uma das heranças arquitectónicas mais preciosas e bem-preservadas do Médio Oriente. Espera-se agora que o Estado Islâmico destrua grande parte dos monumentos de origem romana, grega e persa, alguns deles com mais de 2000 anos, tal como o fez antes em Mosul, Hatra e Nimrud, no Iraque.

Na manhã de quinta-feira não havia ainda notícias de que os islamistas tivessem destruído qualquer monumento de Palmira. Antes da tomada da cidade pelo autoproclamado Estado Islâmico, responsáveis sírios evacuaram centenas de estátuas e artefactos dos museus da cidade, mas os principais símbolos de Palmira não puderam ser deslocados, como o templo de Bel, por exemplo, os seus túmulos e colunas com centenas de anos. A sua destruição parece agora inevitável.

O Estado Islâmico contesta qualquer tipo de idolatria não islâmica, sobretudo a que antecede o tempo do profeta Maomé, como é o caso de grande parte do património de Palmira. Essa foi, aliás, uma das principais motivações para a destruição de um grande número de relíquias assírias e romanas na antiga Mesopotâmia. E agora, com os olhos do mundo postos na cidade antiga de Palmira, o autoproclamado Estado Islâmico tem diante de si uma nova oportunidade para avançar com a sua agenda de propaganda. Algo de que raramente desdenha.

Os jihadistas entraram pela primeira vez na cidade durante a tarde de quarta-feira, pelo Norte, obrigando o exército do regime a recuar e a ceder um terço de Palmira. Nessa altura, começaram a surgir notícias de que o exército sírio estava a evacuar a cidade de cerca de 50 mil habitantes, mais de 100 mil se for contabilizada a população nos subúrbios e os refugiados vindos de Homs e Deir al-Zour.

Ao bater em retirada, o exército sírio deixou a cidade à mercê dos jihadistas que, ao início da noite, controlavam Palmira por completo. “As forças do regime entraram em colapso”, escrevia durante a madrugada o Observatório Sírio para os Direitos Humanos.

“Um grande número de famílias estão a fugir de várias zonas de Palmira” contou à Al-Jazira Abo Muaz, ao final da tarde de quarta-feira, “há confrontos e os aviões do regime [de Bashar al-Assad] não param de bombardear a cidade”. Nesta quinta-feira, membros do autoproclamado Estado Islâmico publicaram nas redes sociais imagens de militares sírios executados nas ruas de Palmira, membros da tribo Shaitat que luta contra os jihadistas em Deir al-Zour.

A conquista de Palmira é uma pesada derrota para Bashar al-Assad. Além da cidade milenar, os jihadistas tomaram também o controlo de dois campos de exploração de gás natural, al-Hail e Arak, responsáveis pelo fornecimento de uma fatia importante da electricidade aos grandes bastiões de Assad na zona ocidental da Síria. Juntam-se ao domínio destes campos o aeroporto e a prisão de Palmira, assim como um centro de informações dos serviços secretos de Assad.

Mas Palmira é também um ponto estratégico importante para a campanha dos extremistas na Síria, já que pode facilitar a conquista de outras grandes cidades do país. É o caso de Homs, a oeste de Palmira e, antes da guerra civil, a terceira maior cidade síria, mas também, e, mais imediatamente, o caso de Deir al-Zour, a leste, ambas cidades disputadas há meses pelos jihadistas e forças leais a Assad.

Palmira e subúrbios estão no centro do caminho entre Damasco e Deir al-Zour e é por lá que passam as principais vias de fornecimento de mantimentos e reforços vindos da capital. Estas caíram agora nas mãos do EI, o que fragilizará o controlo de Assad sobre Deir al-Zour e o que poderá dar aos jihadistas o empurrão necessário para fazerem crescer ainda mais o seu domínio da Síria. (Público)

Contingente português no Iraque identificado como "Secção Viriato"

A bandeira portuguesa levada pela Força Nacional Destacada (FND) para o Iraque foi içada domingo na base "Grande Capitão", nos arredores de Bagdade, informou o Estado-Maior de Defesa de Espanha (EMDE).

A informação publicada terça-feira pelo EMDE - equivalente ao Estado-Maior General das Forças Armadas (EMGFA) português - e divulgada esta quarta-feira, pelo site Operacional, indica que o contingente nacional "já é conhecido como 'a Secção Viriato'".

Viriato foi um chefe lusitano que tanto os portugueses - com um monumento em Viseu - como os espanhóis, que lhe erigiram uma estátua em Zamora, reivindicam como seu.

"A integração do contingente português, que já é conhecido como 'a Secção Viriato', ocorreu domingo com um ato solene de Homenagem aos Mortos onde se incluiu a cerimónia do içar da bandeira nacional de Portugal que, desde esse momento, ondeia junto às da Espanha e do Iraque na Base Grande Capitão", indica a notícia do EMDE.

A missão portuguesa, de um ano, deixou Lisboa no passado dia 7 para integrar a coligação internacional que está a combater os terroristas do Estado Islâmico no Iraque e na Síria.

A FND portuguesa é constituída por 30 militares do Exército sob o comando do major comando Paulo Lourenço e vão dar formação e treino às Forças Armadas do Iraque nas instalações de Besmayah, no interior das quais foi construída a base espanhola "Grande Capitão".

O contingente integra 20 comandos, cinco para-quedistas, dois artilheiros, dois militares de operações especiais e um de cavalaria. (DN)