21 de novembro de 2015

Força Aérea Portuguesa faz teste com drone nas Ilhas Selvagens

"Este veículo não tripulado vai levantar do Porto Santo, vai às Selvagens, capta imagens das ilhas e de toda a zona marítima envolvente e regressa", explicou, no final do exercício ZARCO, 152, que decorreu esta semana em Porto Santo, envolvendo cerca de 600 militares e meios dos três ramos das Forças Armadas.

Marco Serronha explicou que um dos objectivos da viagem da fragata Bartolomeu Dias às Selvagens, com partida hoje do porto do Funchal, prende-se com a manobra do drone.

O comandante da Zona Militar da Madeira realçou que a intenção é usar com regularidade este meio aéreo em acções de vigilância e monitorização, essencialmente da área marítima, com ênfase nas Selvagens, que ficam a 300 km da Madeira e constituem a fronteira mais a sul de Portugal.

O exercício ZARCO, que se realiza duas vezes por ano, envolve meios dos três ramos das Forças Armadas que estão sediados na região, nomeadamente o Batalhão de Infantaria, a Bateria Antiaérea, o navio patrulha, o avião C295 e o helicóptero EH101. Este ano foram ainda usados meios de reforço vindos do continente, incluindo cerca de 300 militares.

Marco Serronha destacou a presença da fragata Bartolomeu Dias, na qual estava embarcada uma componente dos fuzileiros, aviões C130, diversos drones em fase de testes, e ainda elementos das operações especiais e dos comandos.

"A presença de todos estes meios deu um valor acrescentado ao exercício", disse, sublinhando que o objectivo foi testar os planos de contingência e de defesa da região em caso de ameaça externa.

Em termos reais, o major-general afirma que a região dispõe de meios em permanência capazes de fazer a "defesa imediata", mas caso o nível da ameaça aumente, torna-se absolutamente necessário o recurso a forças do continente.

O efectivo da Zona Militar da Madeira é de composto por 800 elementos.

Marco Serronha disse, por outro lado, que os atentados de 13 de Novembro em Paris não tiveram influência em termos de reforço da segurança militar, tendo em conta que, segundo os serviços de informações da República, "as ameaças à Madeira são relativamente reduzidas". (NM)

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