20 de fevereiro de 2015

EUA vão vender drones armados aos seus aliados

Os Estados Unidos vão autorizar pela primeira vez a exportação de drones armados para alguns países aliados no quadro da luta mundial ao terrorismo.

“Esta nova política estabelece as regras para a venda, transferência e utilização internacional de sistemas aeronáuticos militares sem piloto de origem americana”, anunciou o Departamento de Estado num relatório divulgado na terça-feira.

A diplomacia americana sublinha que os EUA são “os líderes tecnológicos mundiais em matéria de desenvolvimento e utilização” dos drones militares. “Há outros países que estão a começar a utilizar drones militares de modo mais regular e este mercado está a desenvolver-se cada vez mais”, refere o documento do Departamento de Estado.

É neste contexto que os EUA dizem ter “a responsabilidade de garantir as vendas, transferências e utilização internacional dos drones militares de origem americana, tendo sempre presente os interesses da sua segurança nacional e da sua política externa”.

A exportação para o estrangeiro de “sistemas sensíveis será feita através de um programa de vendas de equipamentos militares de governo para governo”, explica o Departamento de Estado, sem referir nenhum país como potencial cliente.

O jornal Washington Post, que noticiou em primeira mão esta mudança na política de vendas militares dos EUA, refere que países aliados como a Itália, a Turquia e as monarquias do Golfo estão muito interessados em negociar com Washington.

Segundo um responsável americano citado sob anonimato pelo Washington Post, os EUA já venderam drones armados ao seu mais próximo aliado, o Reino Unido. Aparelhos deste tipo mas não armados, que servem para operações de vigilância e recolha de informação, já foram vendidos a aliados da Aliança Atlântica, como a França e Itália.

A utilização de drones armados constitui uma pedra angular na luta contra o terrorismo delineada pelo governo de Barack Obama, nomeadamente em operações realizadas no Afeganistão, Paquistão, Somália, Síria, Iraque e Iémen. (Público)

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