23 de outubro de 2014

Ministro diz que denúncia do contrato de aquisição dos NH90 não prejudica indústria

"Nós deixamos de comprar mas continuamos a fazer o fornecimento para o consórcio. Um valor global de 110 milhões de euros, dos quais 75 milhões já foram executados e o resto ainda irá ser executado pela indústria nacional", destacou Aguiar-Branco.

O ministro da Defesa Nacional falava aos jornalistas no final da assinatura do contrato de aquisição de quatro navios patrulha à Dinamarca, que decorreu na Base do Alfeite, Almada.

O Conselho de Ministros autorizou hoje uma despesa de até 37 milhões de euros para suportar os custos da denúncia, decidida há dois anos, da participação de Portugal no programa de compra de helicópteros NH90.

Segundo a resolução aprovada, foram determinantes para a decisão o "enfoque financeiro" do programa, a "sua complexidade e a incerteza quanto ao sucesso e vantagem económica".

Aguiar-Branco sublinhou que a negociação permitiu reduzir de 60 para 37 milhões de euros a indemnização a pagar pelo Estado português e manter o volume de negócios previsto para a indústria nacional.

"Tendo em conta o valor da indemnização e o que a indústria nacional irá poder ter como volume de negócio, diria que em termos macroeconómicos fica a situação praticamente em zero", considerou.

Questionado sobre se o Exército poderá contar com helicópteros para substituir os que o Governo decidiu não comprar, Aguiar-Branco disse que isso não está previsto, ressalvando que "se vier a ser possível comprar outro tipo de helicópteros", será possível que o valor da indemnização seja "tido em conta futuras aquisições" a empresas do consórcio.

Quanto ao programa de aquisição dos dez NH90, Aguiar-Branco frisou que iria custar 580 milhões de euros que o erário público "não poderia suportar". (NM)

1 comentário:

  1. O erário público não podia suportar 580 milhões de euros para aquisição dos helis que serviriam para substituir os velhos Allouetes com quarenta anos, mas o erário público já pode suportar os custos de milhares de milhões de euros para bancos privados falidos.
    Triste país.

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