28 de fevereiro de 2011

Marinha Portuguesa participa no exercício NATO “NOBLE MARINER 2011”

Decorre no período 28 de Fevereiro a 10 de Março de 2011 o exercício “Noble Mariner 2011”, com a participação das fragatas N.R.P. “D. Francisco de Almeida”, N.R.P. “Corte-Real” e o submarino N.R.P. “Tridente”.

O “Noble Mariner 2011” é um exercício NATO que se vai realizar a sul de Espanha e Estreito de Gibraltar, com o objectivo de adestramento em operações navais, envolvendo forças de vários países da Europa e da NATO.

A participação Nacional constitui uma oportunidade de treino para manutenção dos padrões de prontidão e dar cumprimento aos compromissos Internacionais assumidos com a NATO e a União Europeia. (M.G.P)

Lançamento do livro "Macau nos Anos da Revolução Portuguesa 1974-1979" de Garcia Leandro

O Centro Científico e Cultural de Macau e a Gradiva têm o prazer de convidar V. Exª para o lançamento da obra Macau nos Anos da Revolução Portuguesa 1974-1979 de Garcia Leandro.

O evento será presidido pelo General Ramalho Eanes e a obra apresentada pelo Doutor Almeida Santos.

A sessão de lançamento terá lugar no dia 10 de Março, pelas 18H30 no auditório do Centro Científico e Cultural de Macau. (L.C)

Tripulantes de helicóptero Alouette treinados para serem heróis

Foi a primeira vez que o segundo sargento Armando Borges, da Força Aérea Portuguesa, retirou náufragos a sério. Em condições complexas e com êxito, apesar das enormes dificuldades para resgatar a segunda pessoa, uma mulher, que só à segunda foi puxada, inconsciente, para bordo do Alouette da Esquadra 552, de Beja.

Dado o alerta, pelas 15.50, o helicóptero descolou de Ovar, onde está estacionado nestes dias. "O primeiro náufrago estava dentro de água e avistámo-lo logo", diz o piloto, tenente João Ribeiro. O recuperador lançou-se à água e resgatou-o rapidamente. "Estava exausto", conta o sargento Borges.

Pior foi a recolha da náufraga, que caiu depois ao mar. O recuperador teve um primeiro contacto com ela, que se debateu intensamente (comportamento expectável), o que fez com que o sargento tivesse dificuldades para lhe fixar o "horse collar" (o arnês com que se prendem as pessoas ao cabo). Veio uma vaga, e foi necessário subir, para a evitar, após o que a náufraga se soltou, desaparecendo por momentos, antes de voltar a ser detectada e resgatada.

Chegou a pensar-se que Armando Borges tinha ficado magoado, pois ele e a mulher foram empurrados pelo mar contra as rochas. Não foi assim. "Estou protegido, tenho equipamento e estou treinado", disse o recuperador, para quem terá sido mais complicado lidar com a "pressão de muita gente": "Tive de estar muito concentrado. Só quero fazer o meu melhor e abstrair-me disso".

Não era fácil. Diz o tenente Ribeiro que nunca havia feito um resgate em tão difíceis condições de mar, numa zona de rebentação muito rochosa. (JN)

Militares atacam a credibilidade do ex-embaixador Thomas Stephenson

O Chefe de Estado-Maior do Exército (CEME), general Pinto Ramalho, ataca a credibilidade das informações enviadas por Thomas Stephenson, ex-embaixador dos EUA para a Administração norte-americana, em 2009. A visão do diplomata sobre Portugal consta no Wikileaks, que começou a ser revelada ontem pelo jornal ‘Expresso’.

"Mostra ignorância e desconhecimento do nosso País e das Forças Armadas", afirmou ao CM Pinto Ramalho. O CEME diz não estar incomodado com as críticas do diplomata mas retalia. "Quando diz que somos um País de generais sentados deve referir-se aos militares que fizeram o 25 de Abril e que hoje são generais com todo o mérito", salienta. Mendes Cabeçadas, ex-Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas, admite que quando exerceu o cargo tinha poucos poderes, que alertou a tutela, mas entende que a situação descrita já não corresponderá à realidade.

O general Loureiro do Santos considera que Stephenson era um "negociante" do presidente Bush. "Mostra uma certa dor de cotovelo por não termos comprado a sucata americana que nos queriam vender", diz Loureiro dos Santos.

Os militares contactos pelo CM são unânimes em colocar as informações Wikileaks numa guerra pela venda de equipamento bélico. "A opção europeia está a evoluir em desfavor da norte-americana e sobressai aqui um desconforto pela opção de Portugal", disse ao CM o coronel Jara Franco, presidente da Associação de Oficiais das Forças Armadas (AOFA). Contudo, alerta que o que veio a público no contexto Wikileaks é mais um elemento que alerta para a necessidade de uma reforma profunda nas Forças Armadas. "A reforma tem de partir do poder político", diz. (C.M)

CEMGFA - Visita o Exército

Na sequência das visitas aos Ramos, O Chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas, General Luis Evangelista Esteves de Araújo, visitou hoje, 28 de Fevereiro, o Exército.

O General CEMGFA foi acompanhado pelo Tenente-General Quesada Pastor (COCONJ), Vice-Almirante Pereira da Cunha (EMCONJ), Major-General Teixeira Rolo (Chefe do GAB CEMGFA). A visita foi conduzida pelo General José Luís Pinto Ramalho, Chefe do Estado-Maior do Exército.

O CEMGFA chegou ao Estado-Maior do Exército (entrada do Pátio dos Canhões), onde recebeu honras militares. De seguida, a comitiva dirigiu-se para a Sala D. Maria, do Museu Militar, onde recebeu Apresentação de Cumprimentos.

Recebeu um Briefing sobre o "Exército" na sala da I Grande Guerra e após o almoço e dando por fim a visita, o CEMGFA assinou o Livro de Honra do Exército na Câmara da Balança. (EMGFA)

Quando for grande quero ser...piloto de aviões

No dia 26 de Fevereiro, no âmbito da iniciativa mensal "Quando for grande quero ser...", promovida pelo Casino Figueira, na Figueira da Foz, a Força Aérea falou para uma plateia de mais de 300 crianças, sobre o que é ser Piloto de Aviões, a profissão escolhida para a edição deste mês.

A iniciativa contou com a presença de elementos das Relações Públicas da Força Aérea e do Major Piloto Aviador João Raimundo que, numa linguagem simples, explicou aos mais pequenos o que era ser Piloto Militar. Falou sobre os riscos e as vantagens da profissão, esclareceu dúvidas e satisfez curiosidades.

No exterior, crianças e pais assistiram à passagem de dois F-16, que se aproximaram da cidade e sobrevoaram o areal da Figueira da Foz, num voo de treino regular.

Inserida nesta iniciativa, continua patente até 6 de Março, no Casino Figueira, uma exposição sobre a Missão e as Actividades da Força Aérea.
(FAP)

Marinha já realizou 63 operações de busca no mar só este ano

A Marinha realizou este ano 63 acções de busca e salvamento marítimo, salvou 59 pessoas e registou oito mortos, contabilizando até agora dez pessoas desaparecidas, revelou hoje o porta-voz da instituição.

Quanto às mortes, sete ocorreram antes das autoridades terem sido alertadas e iniciadas operações de socorro.

Alexandre Santos Fernandes disse à agência Lusa que as acções de busca e salvamento respondem a «ocorrências de todo o tipo, desde uma embarcação que está em risco de afundar ou que afunda, pescadores que estão na orla costeira e caem, pessoas que estão a passear e são arrastadas para o mar, doenças súbitas ou salvamentos nas praias». Fonte : Diário Digital / Lusa

27 de fevereiro de 2011

1 de Março: Dia da Protecção Civil

No próximo dia, 1 de Março celebra-se o Dia da Protecção Civil e a efeméride será assinalada um pouco por todo o País, através da realização de diversas actividades.

Todos os anos, a Organização Internacional de Protecção Civil (OIPC) destaca a importância dos cidadãos e a sua intervenção conjunta com outros agentes de diversas áreas sociais, em prol do bem das populações.

Neste sentido, a OIPC incita à realização de actividades pelas diversas entidades, bem como à sensibilização para uma nova cultura de prevenção e segurança. (Protecção Civil)

26 de fevereiro de 2011

Ministro da Defesa Nacional em visita oficial a Moçambique

O Ministro da Defesa Nacional (MDN), Augusto Santos Silva, desloca-se a Moçambique, de 1 a 3 de Março, em visita oficial.

No programa da visita destaca-se a cerimónia de entrega de uma aeronave “Cessna” a Moçambique, no âmbito da Cooperação Técnico-Militar (CTM). Trata-se de uma aeronave da Força Aérea Portuguesa que foi recuperada e passará doravante a fazer parte do dispositivo da Força Aérea Moçambicana para as missões de treino e transporte. Está igualmente previsto um encontro do Ministro da Defesa Nacional português com o Ministro da Defesa Nacional de Moçambique e uma visita à Residência da Cooperação Técnico-Militar Portuguesa, em Maputo, onde serão apresentados os projectos de cooperação actualmente em curso.

O Ministro da Defesa Nacional deslocar-se-á ainda a Nampula para uma visita à Academia Militar Marechal Samora Machel, onde fará uma intervenção sobre “Operações de Paz: a Defesa e as Forças Armadas como Instrumento da Segurança e Paz”. Do programa consta também uma visita à Escola Portuguesa, onde terá um encontro com os alunos. Uma Conferência que proferirá, na Universidade Eduardo Mondlane, subordinada ao tema “Factores de União e Novas Áreas de Cooperação na CPLP”, encerrará o programa da visita.

O Chefe do Estado-Maior da Força Aérea, General José Pinheiro, acompanhará o Ministro da Defesa Nacional. (MDN)

A construir os pilares da Força Aérea Afegã

A Força Aérea está no Afeganistão para ajudar a construir e solidificar um dos pilares básicos de qualquer instituição e país, a formação. E porque são os homens e as mulheres, o seu corpo e braço de trabalho, 10 militares da Força Aérea, com empenho, esforço, dedicação e espírito de missão, travam uma batalha diária contra a iliteracia na Força Aérea Afegã.

Estes militares estão divididos em duas equipas que se encontram na Pohantoon-e-Hawayee (PeH)/ Leadership Institute e PeH/ Education Institute que integram a escola PeH do Kabul Military Training Center. A primeira, constituída por seis elementos, está empenhada na melhoria das questões relacionadas com o planeamento e conteúdo dos cursos de gestão e liderança, inseridas e exigidas para o exercício das funções militares dos futuros Oficiais e Sargentos da Força Aérea Afegã. A segunda equipa, de 4 militares, é responsável pelo desenvolvimento de programas e currículos de educação e treino.

Desta forma, a Força Aérea Portuguesa está a trabalhar para aumentar o nível de educação e as habilitações essenciais para tornar a Força Aérea Afegã, uma instituição forte e sólida. (Veja aqui a notícia da 438th Air Expedditionary Wing)

Esta equipa, que integra o contingente nacional no Afeganistão, composto também por militares do Exército e da Marinha, saiu de Portugal a 28 de Outubro, numa missão de 6 meses. (FAP)

O Subagrupamento Bravo da GNR em Timor-Leste organiza jogo de solidariedade

O Subagrupamento Bravo da GNR em Timor-Leste irá organizar um jogo de futebol entre a Selecção de Timor e o Subagrupamento Bravo da GNR, no dia 06 de Março, a ter lugar no Estádio Municipal de Díli.

O objectivo primário deste evento será a angariação de fundos para acções de cariz social e humanitário a desenvolver em parceria com empresas, instituições e Organizações Não Governamentais, abrangendo a população mais desfavorecida. O evento proporcionará uma tarde desportiva cujo ponto alto será a entrega de uma mensagem de incentivo e coragem ao povo timorense, por parte de um dos embaixadores de Portugal no mundo, Cristiano Ronaldo, materializada na sua camisola oficial autografada que será sorteada no final do jogo.


O acesso ao recinto desportivo será gratuito, e cada pessoa poderá participar no sorteio da camisola oficial do Cristiano Ronaldo adquirindo um ou mais vales, no valor simbólico de 1USD cada. (GNR)

25 de fevereiro de 2011

Duas fragatas e um submarino da Marinha Portuguesa no Mediterrâneo para exercícios da NATO

Duas fragatas e um submarino da Marinha Portuguesa estão a caminho do mar Mediterrâneo, para "participar num exercício da NATO", disse hoje à agência Lusa o chefe de Estado Maior da Armada, almirante Saldanha Lopes.

O almirante disse que a participação dos navios nacionais no exercício "não tem qualquer relação" com a instabilidade verificada nos países do norte de África.

Saldanha Lopes explicou que o exercício "já estava programado" e visa o "treino e a certificação dos meios da Marinha Portuguesa", acrescentando "ser normal este tipo de exercícios". (Lusa)

Tomada de posse do Chefe do Estado-Maior da Força Aérea

O Presidente da República, Prof. Cavaco Silva, conferiu posse ao novo Chefe do Estado-Maior da Força Aérea (CEMFA), General José Pinheiro, numa cerimónia no Palácio de Belém, no dia 23 de Fevereiro.

No dia 24 de Fevereiro, o CEMFA foi recebido com Honras Militares à chegada ao Estado-Maior da Força Aérea.

Nesta cerimónia estiveram presentes Oficiais Generais, Comandantes de Unidade, Coronéis do Complexo de Alfragide, o Assessor do CEMFA para a Categoria de Sargentos, e ainda delegações de Sargentos, Praças e Funcionários Civis.

No decorrer da Cerimónia, foram prestadas Honras Militares ao CEMFA, que passou revista às forças em parada e proferiu algumas palavras, salientando a honra e o orgulho que é assumir o Comando da Força Aérea, definindo como prioridades a Missão da Força Aérea e as Pessoas que nela servem.

A Cerimónia terminou com o desfile das forças em parada que prestaram Honras Militares ao Chefe do Estado-Maior da Força Aérea, General José Pinheiro, que "conta convosco, para que todos, em conjunto, sejamos capazes de estar à altura do que os portugueses e a Nação esperam da sua Força Aérea". (FAP)

Mergulho Profundo (Vídeo)



Pela primeira vez, a Marinha planeou e conduziu o exercício internacional 'Deep Divex', com a participação de militares da Bélgica, Canadá, Estónia, Noruega, Itália e Portugal.

Os exercícios da série 'Deep Divex', de periodicidade anual, são organizados de forma rotativa pelos países participantes e tem como principais objectivos o treino das equipas de mergulho profundo nas áreas militares da guerra de minas, inactivação de engenhos explosivos, salvamento submarino e missões de Serviço Público, nomeadamente no combate ao narcotráfico, operações de busca e salvamento e colaboração com outras entidades na resolução de acidentes subaquáticos.

A organização deste exercício representou, para Portugal, uma excelente oportunidade de treino no planeamento e execução deste tipo de acções em cenários diversificados, permitindo cimentar a capacidade de mergulho profundo da Marinha Portuguesa e o intercâmbio de conhecimentos e a cooperação entre as Marinhas presentes.
Em complemento à reportagem apresentada em Outubro de 2010, a Marinha TV apresenta agora uma reportagem mais alargada nos bastidores deste exercício.

EXERCÍCIO FINAL DE APRONTAMENTO PARA A MISSÃO NO KOSOVO “PRISTINA ROSA BRAVA 111” DA BRIGADA MECANIZADA

Decorreu entre os dias 19 e 25 de Fevereiro de 2011, na região de Abrantes, o Exercício “PRISTINA – ROSA BRAVA 111”, que correspondeu ao Final do Aprontamento da KOSOVO FORCE TACTICAL RESERVE MANOUVER (KTM), no âmbito da KOSOVO FORCE (KFOR), que irá cumprir missão no Teatro de Operações (TO) do Kosovo, no 1º semestre de 2011. Com a realização deste exercício pretendeu-se avaliar o estado de prontidão operacional do 2ºBatalhão de Infantaria Mecanizado (2ºBIMec), assim como as capacidades de coordenação, controlo e condução de operações idênticas às verificadas no TO do Kosovo. No exercício “PRISTINA – ROSA BRAVA 111 ” foram empenhados cerca de 350 militares da Brigada Mecanizada, dos quais 157 irão integrar a Força Nacional a destacar para o TO do Kosovo. Durante este período e em simultâneo, esteve patente no Castelo de Abrantes uma exposição temática da participação do 2ºBIMec em Forças Nacionais Destacadas. No dia 25 de Fevereiro pelas 11 horas, também junto ao Castelo de Abrantes e na presença altas individualidades militares, civis e familiares, efectuou-se a cerimónia de entrega do Estandarte Nacional ao 2ºBIMec. (Exército)

24 de fevereiro de 2011

N.R.P. 'Shultz Xavier' substitui N.R.P. 'Cuanza' no dipositivo naval do Comando da Zona Marítima da Madeira

Chega amanhã, dia 25 de Fevereiro, à região o navio patrulha N.R.P. 'Shultz Xavier', comandado pelo capitão-tenente Francisco José de Brito Pereira Cavaco, que vem render o N.R.P. 'Cuanza' no dipositivo naval do Comando da Zona Marítima da Madeira.

O N.R.P. 'Cuanza', comandado pelo capitão-tenente Carlos Filipe Roldão da Cruz, efectuou diversas tarefas durante a sua comissão, desde 13 de Novembro de 2010. Entre elas operações no âmbito de fiscalização da pesca, colaboração com várias entidades regionais militares e civis e apoio ao Parque Natural da Madeira. Destas contam-se a participação nas operações de resgate do praticante de parapente checo que caiu no mar do porto Moniz e no acompanhamento no cargueiro 'Cape Mor'.

O N.R.P. 'Shultz Xavier' foi concebido para prestar apoio à balizagem e aos faróis dos portos do continente e regiões autónomas. Dispõe de uma embarcação de apoio, de uma grua de 12 toneladas de capacidade de elevação e de porões para o transporte de garrafas de acetileno e material diverso. (DN)

DESTACAMENTO FUZILEIROS ESPECIAIS Nº 9 -----27 DE FEVEREIRO 1969 (III Parte)


APOIO DA FORÇA AÉREA

Houve grande dificuldade em localizar o DFE 9, devido ao acidentado do terreno.

Julga-se que os processos a difinir a posiçaõ de uma força no mato, não são extremamente eficientes.

Julga-se que a indicação do local em relação a acidentes de terreno ( pontos notáveis) próximos é mais eficaz que através de coordenadas, as quais muitas das vezes são difíceis de definir com precisão no terreno.

Vai passar a ser usado um heliógrafo. Levantaram-se algumas dúvidas no respeitante aos graus de azimute indicados: se georáficos se magnéticos.

Nesta zona qualquer sistema de sinalização do local, isívelde outros locais próximos, estavatacticamente excluido, o que dificultou ainda mais a possibilidade de localização da força.

APOIO DAS FORÇAS TERRESTRES

NIL

COMUNICAÇÕES

Efectuaram-se em extraordinária boas condições em T/R RACAL, com A.Cardoso ( Metangula) em fonia, embora a distância fosse enorme e entre os dois pontos se interpuzesse o Monte Txifuli.

Foram praticamente ineixistentes em PRC10 e PRC116 com o heli.

Desconheceu-se as causas.

O T/R RACAL provou mais uma vez ser um excelente equipamento, desde que,obviamente esteja equipado com antena horizontal "DIPOLO".

Era invulgar a nitidez com que se ouviu A,Cardoso em fonia.

RESULTADOS POSITIVOS

BAIXAS IN

Dustão Paulo Candeia (Secretári Base Central)........... morto (confirmado)

9 elementos armados .......................................... mortos (confirmados)

Chefe de Material................................................ ferido ( provável)

Comissário Político................................................ ferido ( provável)

Diversos elementos...............................................feridos (provável)

Henrique Samuel Catamaça( C. Dist. de sabotagem Base Gungunhana)..(capturado)

3 H, 8 M, 6 C......................................................... capturados.

ARMAMENTO, MATERIAL, DOCUMENTOS CAPTURADOS

Espingarda automát.Kalashnikov................................................... 4 ( quatro)

Carregadores de Kalash............................................................... 10 ( dez)

Carabina Simonov....................................................................... 2 ( duas)

Carabina Steyer.......................................................................... 2 ( duas)

Pistolas Tula Tukarev................................................................... 4 ( quatro)

Munições 7,62............................................................................diversas

Metralhadora ligeira com bi-pé 7,62.............................................. destruida

MATERIAL

Equipamento cartucheiras e alças ............................................... 1 ( uma )

Fardamento..............................................................................diverso

Roupa civil................................................................................. "

Catanas..................................................................................... "

Sabre....................................................................................... 1 ( um )

Sacoa mochila........................................................................... 4 ( quatro)

Sapatos....................................................................................diversos

Cerveja de lata..........................................................................diversas

Sabonetes................................................................................. diversos

T.S.F. ...................................................................................... 1 ( uma)


DOCUMENTOS APREENDIDOS AO IN

Correspondência oficial.................................................diversa

Correspondênciaparticular............................................ "

Atas de reuniões......................................................... "

Relatórios.................................................................... "

Livros de registo de efectivos da base ( detalhes)............. "

Livros de mentalização.................................................. "

Apontamentos de tática................................................ "

Livros de registo de material de guerra........................... "

Manuais de instrução................................................... "

Manuscritos................................................................ "

Prospectos propaganda IN........................................... "

Números de jornais IN (em português).......................... "

Circulares................................................................... "

Avisos........................................................................ "

Ordens...................................................................... "

Obras sobre guerra subversiva..................................... "

Não classificado.......................................................... "

DESTRUIÇÕES

NIL

RESULTADOS NEGATIVOS

Baixas Próprias

1 - 1º Grt. Sinaleiro FZE 1356/67 José Serpa da Rosa................... morto

1 - 1º Grt. FZE 598/68 Firmino Silveira Silva .............................. ferido grave

MATERIAL,ARMAMENTO E DOCUMENTOS PERDIDOS

Pistola Tula Tokarev................................................... 1 ( uma)

Limitações operacionais verificadas

Os meios de que dispunha o DFE 9 para atingir a Base Central- foram necessárias cerca de 15 h de marcha- ocasionou que o pessoal no momento do assalto se encontrava fisicamente esgotado.

Impressões recolhidas

A Base Central ou Ichimba ou Vila Cabral ou Mepotxe, vem mencionado, há muito,em local bastante afastado daquele onde,efectivamente,estava situado.

Realmente encontra-se localizada perto das nascentes do Rio Fubué, simplesmente o R. Fubué não tem traçado assinalado na carta, mas outro bastante diverso, já mencionado em relatórios de operações anteriores. Foi esta Ba por nós procurada durante muitas operações, tendo-se últimamente a convicçãoque se encontrava localizada muito mais para o interior do que se pensava, e as coordenadas indicadas poderiam sugerir. Em operações anteriores tinha-se verificado que o núcleo da confluência das nascentes dos rios Fubué,Vazamombé e Mepotx, estava protegido por patrulhas permanentes, nos planaltos de Miandica e Itumba e na planície do Namatumba tornando práticamente impossível a penetração a uma força, na zona, sem ser detectada.

A única hipótese possível era fazer o trajecto seguido durante um dia e uma noite,de luar,obviamente

Tendo o COMSECA fornecido um guia que dizia conhecer a Ba. Central, foi dicidido aproveitar o periodo de noites de luar. Assim, saindo da Foz do Rio Limbué ao amanhecer do dia 26, era possível atingir o começo das zonas de patrulha ao anoitecer, e percorrer o trajecto até á Base, durante a noite, período em que que não se efectuam patrulhas de reconhecimento.

Foi escolhido,também, a zona de acesso de menor espera; passando pela povoação Batamila, controlada pela Base e conhecida do guia.Da povoação seguia um trilho até á Base, trilho esse não armadilhado, pois percorrido, diariamente, por elementos da PF que levavam alimentos á Base.

Segundo o guia, todos os outros locais de acesso encontravam-se armadilhados.Este mesmo dispunha de sentinela,perto da base, que era necessário evitar. O quadro de dados e hipóseses que nexessitavam de se conjugar favoravelmente, era demasiado complexo para que o acesso á Base, em total surpresa, fosse realizável.

Foi perante estas conjecturas que se iniciou a operação.

Os ultimos metros de aproximação da Base,evitando as inúmeras armadilhas camufladas no terreno, só foi possível com as indicações rigorosas e exactas do guia que nos acompanhou.

A passagem pela sentinela-com um pequeno desvio- também só foi possivel com as indicações fornecidas. Assim se atingiu, em plena surpresa, e aos primeiros alvores, a Base Central, que segundo informações do capturado era consideradapelo IN inexpugnável, devido á sua localização e sistema de alarme.

A particular configuração da Base e distribuição das cubatas foi um factor primordial nas causas dos relativamente fracos resultados em mortos, capturados IN e material.

Logo que me aproximei da Base, verifiquei que a mesma tinha sido construida com uma disposição conscientemente desordenada de habitaçãoes.

Assim,ao primeiro relance não foi possível abranger a totalidade da área ocupada pela Base, mais de 100 metros de frente, nem adoptar um dispositivo de assalto eficiente.

A distância entre cubatas era grande,e as mesmas não se dispunham em qualquer seguimento geométrico.

Este facto permitiu que aos primeiros contactos de fogo com as máis próximas cubatas, os ocupantes das últimas pudessem ter tempo de debandar.

A mesma disposição da Base ocasionou que parte das cubatas não abrangidas ficassem fora dos limites da "linha de assalto" com o grave risco de fogo IN pela retaguarda.

Os cerca de 50 elementos do DFE 9, em assalto á Base, não permitia de modo algum um assalto eficáz e rápido.

Não foi possível, também,uma perseguição dos elementos IN em fuga, o que ocasionaria uma demasiada dispersão das forças empenhadas no golpe de mão. A retirada da base- a fim de evitar um possível cerco- foi pois uma manobra decidida rapidamente.

Num primeiro interrogatório ao capturado ( Henrique Samuel Catamaça, Com. Distrital de Sabotagens "Base Gungunhana" ) Ainda perto da Base e já depois de ser assistido aos ferimentos. Forneceu estas indicações importantes sobre o actual dispositivo IN na zona.

Assim soube que o IN tinha concentrado todas as Bases fixas da zona, na Base Central. Cerca de 92 elementos. Não existiam assim, de momento, as Bases de Tchia,Mepotxe e Namatumba.

As mesmas foram substituidas por " seguranças de movimento" que têm as caracteristicas de todas as noites se fixarem em locais diferentes.

Além destas "bases de movimento" existem patrulhas que saiem diariamente da Base Central e patrulham os acessos á mesma, observando os possíveis movimentos das NF.

São estas patrulhas compostas por cerca de 8 elementos.

Têm, também, por função, controlar os povos que trabalham nas machambas,para alimentação da Base Central. e destebpara a Base Gungunhana.

Informou-nos ainda que nas bases a fome era grande, tendo ultimamente havido bastantes deserções tanto de elementos combatentes, como de PF.

Informou-nos que, como resultado das últimas operações da "TROPA DE MARINHA",

(DFE9) na zona, tinha sido morto o chefe da então Base de segurança de Namatumba- Ernesto Afonso e mais 6 elementos armados.


O Comandante do DFE 9
Pedro Salgado Baptista Coelho
1º Tenente FZE- SE

Exemplares distribuidos

CONSECA- EMA- CNM/AV

CDMPLN- CDMPPA.

COMSUBSEDAME

EF- DFE 9


"A PÁTRIA HONRAI QUE A PATRIA VOS CONTEMPLA"

Créditos de : FZE Lucena Pinto

DESTACAMENTO FUZILEIROS ESPECIAIS Nº 9 -----27 DE FEVEREIRO 1969 (II Parte)


Logo se confirmou que a base se estendia muito para a nossa frente. das cubatas, ao longe, saiam elementos IN que ripostavam ao fogo.Em breve a frente de fogo IN obrigava a um avanço cauteloso.

Na ala esquerda, tinham sido também abatidos mais elementos IN ainda dentro das cubatas.

O IN tinha entretanto instalado uma metrelhadora ligeira que varria as nossas posições.

Depois de uma ligeira resistência debandaram, julgo que, com muitos feridos. Foram avistados alguns elementos IN , ao longe que caiam e se levantavam novamente.

Entretanto na ala direita a metralhadora IN tinha causado 1 morto e um ferido grave ás NF's de uma equipa que, corajosamente,tinha avançado para ela, fazendo-a por fim calar. O 1º Grt. FZE 455/68 Salema, empunhando a MG/42, fazendo fogo, de pé,mostrou-se um elemento de excepcionais qualidades de sangue frio e energia.

De uma das cubatas saíu então, um IN de braços levantados que falando em português, se rendeu. Era Henrique Manuel Catamaça, comandante distrital das sabotagens da Base Gungunhana. Foi algemado. Apresentava alguns ferimentos tendo sido imediatamente curado.

A perseguição dos grupos IN em fuga, tornava-se difícil pela grande distância a que se encontravam.

No centro da nossa linha de fogo, foram abatidos mais 5 elementos IN que tentavam a fuga.

Foram obtidas algumas informações, pelo prisioneiro.

Soube, assim que o comandante da Base se encontrava fora com um grupo em patrulha, que o 1º IN morto era o secretário; o chefe de material fugiu muito ferido que na Base se encontrava o comissário político que também gravemente ferido fugiu.

Soube,também,que em toda a zona limitada pela picada de Miandica só existia, actualmente, a Base Central, à qual se tinham fundido as Bases Tchia, Mepotxe E Namatumba, que existiam Bases de Movimento em Namatumba, Tchia e Mepotxe, que todas as noites mudavam de local, e eram compostas por grupos de 8 elementos, que existiam ainda vários pequenos grupos em patrulha espalhados na área e controlando as populações e machambas.

Confirmou ainda a total surpresa do ataque, afirmando que na Base se considerava impossível um ataque pelas NT, devido á sua localização.

Entretanto recolhiam-se as armas deixadas no terreno,documentos,em grande quantidade,especialmente na cubata do secretário e chefe de material,fardamento e equipamento de combate.

Entrtanto um grupo IN flagelou-nos pela retaguarda.

Era necessário recuar que serviria de pista de aterragem para o heli procurar uma posição de defesa a fim de pedir a evacuação do morto e do ferido grave. Os vários grupos "móveis" da zona, julgo que, convergiam para o local. Feita a comunicação iniciou-se marcha de regresso, ao rumo geral SUL. O terreno apresentava grandes desvantagens táticas para uma força como a nossa, em longa coluna, marcha muito lenta e com inúmeras paragens para mudar os elementos que transportavam a maca com o corpo do nosso camarada morto, muito acidentado e totalmente despido de vegetação.

Desde logo notei que pequenos grupos IN se podiam aproveitar da situação, flagelando-nos de longe morro-a-morro.

Era necessário procurar um local para a evacuação. Foi escolhido um morro, relativamente isolado, e montada a protecção em redor. Foram abatidas três árvores para abrir uma boa clareira que serviria de pista de aterragem para o heli.

As comunicações com Augosto Cardoso ( Metangula) efectuaram-se em RACAL, em óptimas condições, em fonia, com antena horizontal Dipolo.

Eram cerca das 8,30 h.

Até ás 11 h tentou-se entrar em contacto com o heli e o "caça T-6 " de apoio, porém, sem resultados.

Os mesmos não conseguiam também localizar-nos, embora tivesse sido dada a nossa posição do DFE 9, em relação a três pontos dominantes: os montes Txifuli, Bembe e Chissindo. Já perto das 11 h , e com o heli em terceira tentativa, foi a nossa posição flagelada por duas vezes. O local não apresentava qualquer defesa e, assim, decidi mudar-me.

O IN continuava, aproveitando o terreno, a fazer fogo de longe, bem abrigado. A continuação para W,se o caminho mais perto para o Lago Niassa, continuava sendo desfavorável para a nossa força,em marcha lenta e com pouca mobilidade.

Urgia evacuar o ferido grave e o morto.

Todo o pessoal do DFE 9, denotava já o extremo cansaço de um dia e uma noite de marcha, seguido de um violento golpe de mão.

Sem descançar, entrava-se agora no segundo dia de marcha.

O ferido tinha perdido sangue, e necessitava de descanço e cuidados médicos.

Decidi, assim, mudar o rumo, e continuando para SUL, embrenhamo-nos em zona de densa vegetação, onde era possível a ocultação da força,à visão, de longe, dos grupos IN. Estes moviam-se no terreno,com extrema rapidez e ocultação.

Fomos flagelados mais duas vezes,até que finalmente ambrenhamo-nos no denso arvoredo.

Estavamos a entrar na zona do Rio Necomborera

Uma tentativa de perseguição dos grupos IN não era aconselhável. Não só era urgente a nossa chegada a um posto de apoio, como o estado geral do pessoal não permitia movimentos supérfluos.

Foram encontrados, á medida que avançavamos para Sul, inúmero núcleos de palhotas, em bom estado de conservaçºão e com sinais recentes de utilização.

O guia informou-nos que pertenciam ao povo NECONBORERA.

Efectivamente, encontravamo-nos perto das nascentes do Rio Mepotxe.

Este povo, controlado pelo IN, cultivava as machambas do Micalanga e Zumbezi, na planície do Rio Lunho, para onde se deslocavam todas as manhãs e, donde regressavam ao fim da tarde, sempre acompanhados dos elementos IN, armados. Seguem uma rede de trilhos, secundários de um troço único; o trilho que liga as antigas povoações de Miandica e Namatumba.

Continuamos marcha, agora no planalto, em terreno plano e com densa vegetação. Foram encontrados mais alguns trilhos batidos. Continuamos.

Nesta zona era impossível obter comunicações com Augusto Cardoso ( Metangula)

Cerca das 15:15 h e já no limite do planalto o heli passou pela nossa vertical, tendo, finalmente, entrado em contacto conosco.

Foi feita a evacuação, em local aproximado 12º 30' 34º 54'. Ao longe um grupo IN flagelou-nos, pois o heli tinha indicado, ao descer, a nossa posição.

Reagiu-se, alguns elementos, aligeirados, livres do seu camarada morto e do ferido grave, que tinham sido evacuados . Avançou e a rajadas de MG/42 e de tiros de G3 encostada ao ombro sempre a correr na direcção do IN pos o mesmo em debandada, tendo deixado mais dois mortos.Estavamos seguindo o limite do planalto, num rumo, portanto definido e previsível.

O IN continuava mostrando agressividade, o que não é muito vulgar na zona. Possivelmente a concentração de vários grupos deu-lhes segurança e confiança.

A continuação da marcha, no limite do planalto levava-nos a uma verdadeira ratoeira, onde o IN certamente emboscado, e conhecendo o nosso rumo, tentaria um contacto com nítidas vantagens. Foi decidido, assim,alterar, bruscamente, para Sul.

Desceu-se á planície.

Eram cerca das 16 h.

Estava a terminar o segundo dia de marcha. Todo o pessoal se comportava bem, mas o cansaço era notório.

Avançavamos já em direcção a Nova Coimbra. Pouco depois o IN, do planalto, dando conta tardio do nosso movimento de diversão, flagelou-nos por duas vezes, de longe com LGF.

A agressividade do IN, não lhe dá, ainda, porém, para se aproximar. Todas as flagelações foram de longe. A nossa marcha pela planície, embora não facilmente detectada da planície, já o era, porém, do limite do planalto sobranceiro, local onde se encontrava um grupo IN.Decidi entrar no leito do rio, afluente do Rio Zumbezi, onde avançamos, com água de 20 cm, coberto pelo denso arvoredo que fazia com que o rio corresse num verdadeiro túnel de vegetação.

Deste modo avançamos até cerca das 18 h.

Nas margens estendiam-se machambas de milho, sucessivamente, durante horas de marcha.

Perto das 18,30 h, 1 IN que certamente vigiava uma das machambas, deu o sinal da nossa presença, com uma rajada de espingarda metralhadora.

O crepúsculo aproximava-se, e, em breve a noite cairia, repentinamente,como só em Àfrica acontece.

Saimos do leito do rio.

Atravessamos uma machamba, e ás 19 h estacionamos para descançar, em local aproxi. 12º 32' 34º 54'.

Perto, foi capturada mais uma mulher. Até ás 23 h a noite passou-se sem novidade. O IN iludido pelos movimentos de diverssão, e pressentindo a noite, tinha abandonado o campo.

Às 23,30 h do dia 27 retomou-se a marcha, na planicie de Namatumba, em direcção a Nova Coimbra. Durante o percurso um dos elementos comunicou que tinha deixado no estacionamento uma das pistolas capturadas. Não achei conveniente voltar a trás.

Às 1,30 h do dia 28 atingia-se o Rio Micalanga

Às 5,30 h estacionou-se para descansar.

Ás 7 h atingiamos o Rio Lunho, que foi atravessado com uma abatiz, tendo necessidade de passar um cabo á cintura das pessoas PF.

Às 8 h chegavamos a Nova Coimbra.

Às 15 h em coluna auto, chegavamos a A:Cardoso ( Metangula).

Às 19 h do dia 28, na LFP MERCÚRIO, chegavamos ao Cobué.

Tinham sido percorridos, no terreno 120 Km's.

Foi, nesta operação, efectuado um golpe de mão, e 9 contactos de fogo directo. (Continua)

DESTACAMENTO FUZILEIROS ESPECIAIS Nº 9 -----27 DE FEVEREIRO 1969 (I Parte)

A partir de hoje, o blogue "Defesa Nacional", vai publicar um conjunto de textos, onde retrata todo o dia a dia do Destacamento Fuzileiros Especiais 9 . O blogue "Defesa Nacional , agradece a cedência destes maravilhosos textos, pelo FZE Lucena Pinto.


Em 1968, o 22º curso de FZE começou em 28/10/68 até 8/3/69 , 211 alunos dos quais só 177 acabaram o curso. Todos antes tinhamos 7 meses de marinha.

A instrução de combate como zona de Inverno e durante quinze dias, levou-nos para S.Jacinto ( Aveiro). A Ria, para quem não conhece desagua em delta. Ilhas ilhéus, ilhotas com arame farpado era "mato". Abandonados tês dias, a chover torrencialmente, com ração para dois dias etc.

Descansamos no vibaque, ao fim de termos andado perdidos no meio da Ria. Á noite ,por volta das 4 / 5 horas, um estrondo e tremideira. Terramoto. Vamos para a borda de água, para ver como se comporta. Nada grave.


DESTACAMENTO DE FUZILEIROS ESPECIAIS 9
Moçambique 1969/71
Operação : localizar e destruir bases e grupos inimigos na zona sector A
Ordem de 25/2/1970 REINTEDEF.
O DFE embarca a 3 GA na LF Mercúrio.
Formação de comando-- Com. 2º Ten. Baptista Coelho +2 = 3
1º Grupo de Assalto --1º Sarg. Colaço +18 = 19
2º " " --2º Sarg. Miranda +18 = 19
3º " " -- S/Tenente Ismael Monteiro + 18 = 19
TOTAL--------------------------------------------------------------- 60
carregadores nativos ----8
Guias de combate --------2
O DFE 9 a 3 GA, embarcou no Cobué na LFP Mercúrio a 26/2 - 3,30 h, tendo desembarcado a sul da Foz do Rio Limbué ás 6,00 h.

Depois de desembarcar em botes ZebroIII, ás 6,30 h, iniciamos marcha, ao rumo geral ENE, passando por locais já nossos conhecidos.

Cerca das 14 h, atravessamos o Rio Matamatxi, afluente do rio Fubué.

O terreno tornava-se gradualmente mais montanhoso. O nosso rumo era agora quase ESTE.
Às 18 h estacionamos.

Segundo as indicações do guia ( tinha sido apanhado dias antes por uma Cia do Exército), estavamos perto das nascentes do Rio Fubué.

Estacionamos em local aprox. 12º 24' - 34º 49', das 18 ás 22 h.

Às 22,30 h , com uma lua ainda pálida e encoberta, continuamos marcha, lentamente, devido ao acidentado do terreno.Descemos.
Do fundo, do vale, chegava até nós o barulho da água corrente; era o Rio Fubué.

Por um pequeno carreiro que o guia conhecia, fomos descendo ( de outra forma mesmo de dia não era quase possível) o guia avançando á frente, garantiu-me que o trilho não estava armadilhado. E assim, andando, escorregando,num emaranhado de capim, arbustos e silvas, chegamos ao Fubué.

A partir desse momento, o silêncio era imprescindível. A marcha tornava-se ainda mais lenta,avançamos pelo leito do rio a favor da corrente, com água pelos joelhos.
A zona e o terreno era para nós desconhecido.

Segundo indicações do guia, já perto, encontravam-se as primeiras palhotas da povoação Batamica, controlada pela Base Central.

As duas primeiras cubatas, eram ocupadas por elementos PF ( população fugida) armada, que vigiava os acessos Norte da povoação, mas que segundo as previsões ...dormiam aquela hora ( cerca de meia noite).

Avançamos cautelosamente, e, então, encaixadas nas vertentes do vale e ocultas por denso arvoredo, apareceram as habitações.

Os elementos PF foram capturados de surpresa,em silêncio, e apreendidas armas: 1 Simonov, 1 Steyer. Foram aparecendo mais palhotas.

O número de PF capturados era já numeroso e incómodo,atendendo á missão a cumprir: atacar a Base Central. Esta nossa passagem pela povoação era,segundo indicações do guia, o caminho menos previsível para atingir a Base. Seguiram assim connosco, os elementos PF, pois deixados no local poderiam alertar a Base.

O DFE e "incorporados", Formavam já uma coluna de 90 elementos aproximadamente.
Depois de atingido outro braço do Rio Fubué. Subimos para o planalto, e, ao rumo geral NE, seguimos uma picada que ligava a povoação de Batamica á Base Central.

Os elementos capturados, nada acrescentaram ao que já se sabia, embora tivessem afirmado haver muito movimento na Base .

A noite, agora, com lua descoberta, facilitava um avanço rápido. Aliás, urgia despacharmo-nos, pois era já cerca das 1,00 h, e tinhamos de chegar á Base aos primeiros alvores.
O terreno começava a tornar-se novamente muito acidentado; o trilho seguia contornando cumeadas de encostas abruptas, as horas iam passando,e sempre em marcha mais acelarada aproximavamo-nos da Base.

A ideia de chegar á base já depois do alvorecer, obsecava-me.
Todo o pessoal começava a mostrar fadiga consequente de um dia e uma noite de marcha seguida, intercalada de pequenos descansos.

Avisou-se todo o pessoal da proximidade da sentinela, e saindo do trilho, fizemos um desvio contornando alguns morros para Sul da sentinela.

Às 4,50 h apareciam já perto as primeiras cubatas da Base. Foi deixado um pequeno grupo guardando o equipamento e os prisioneiros, e cerca de 40 Fuzileiros avançaram aligeirados em linha para a Base.

O silêncio era completo. Apareciam no horizonte os primeiros alvores do dia 27.

O primeiro pormenor que me saltou á vista era a grande área onde se espalhavam, a perder de vista, numa desordem propositada, dezenas e dezenas de cubatas de vários tamanhos e feitios, bastante afastadas umas das outras, e todas debaixo de denso arvoredo, ligadas entre elas por trilhos muito batidos. Continuamos a avançar em linha. De um lado ao outro, algumas cubatas não eram abrangidas pela frente de assalto. A imensidão da área, preocupava-me bastante.
A primeira equipa entrou numa cubata. Na cama, deitado, um homem levanta-se sobressaltado e pega na arma. É abatido. Era o secretário geral da Base Central ( Dustão Paulo Candeia).
Assim se iniciou, em total surpresa, o assalto á Base Central, também chamada Ichinga, Vila Cabral ou Mepotxe.

As 3 Mgs abriram fogo em simultãneo, varrendo toda a área em zonas sobre postas.(Continua)

Prémio "Almirante Sarmento Rodrigues"

A Academia de Marinha está a realizar, até ao dia 30 de Setembro, um concurso para atribuição do Prémio "Almirante Sarmento Rodrigues" que se destina a impulsionar e dinamizar a pesquisa, a investigação científica e o estudo da história das actividades marítimas dos Portugueses.

Podem concorrer a este Prémio os cidadãos nacionais e estrangeiros que apresentem trabalhos originais nos domínios anteriormente referidos. Consideram-se originais os trabalhos inéditos ou cuja publicação tenha sido concluída no ano a que se refere o concurso ou, ainda, no ano anterior.

O Prémio "Almirante Sarmento Rodrigues" é constituído por um diploma e por uma quantia pecuniária no valor de cinco mil euros.

Para mais informações podem ser consultados o anúncio e o regulamento do concurso, ou contactada a Academia de Marinha através de email (academia.marinha@marinha.pt) ou dos telefones 213255493 e 213255496. (M.G.P)

23 de fevereiro de 2011

Líbia - Missão cumprida

Pelas 18H30 do dia 20 de Fevereiro, um C-130 da Força Aérea descolou da Base Aérea Nº6, no Montijo, para efectuar o repatriamento de cidadãos que se encontravam na Líbia, onde se vive um clima de tensão política e social.

O C-130 retirou de Tripoli, para uma Base Militar da NATO, em Itália, um primeiro grupo de cidadãos portugueses e de cidadãos estrangeiros, no dia 21 de Fevereiro. No dia seguinte, a aeronave efectuou um segundo voo, retirando um outro grupo que a aguardava no Aeroporto de Tripoli.

Depois de efectuar estas duas missões de repatriamento de cidadãos, na Líbia, o C-130 regressou a Portugal, vindo de Itália, na noite de 22 de Fevereiro. Aterrou no Aeródromo de Trânsito Nº1, em Figo Maduro, pelas 04H05 do dia seguinte, com 68 cidadãos portugueses e 11 cidadãos estrangeiros a bordo.

No âmbito da missão de salvaguarda da vida e dos interesses dos portugueses, a Esquadra 501, que opera o avião C-130 da Força Aérea Portuguesa, cumpriu a missão, ao colocar a são e salvo os cidadãos repatriados da Líbia.(FAP)

Museu do Ar completou 43 anos

No passado dia 21 de Fevereiro, o Museu do Ar comemorou 43 aniversários envoltos em história e aeronaves. A preservação da memória da Aviação Militar e Civil Portuguesa é o retrato deste Museu, considerado como um dos vinte melhores Museus de Aviação do Mundo, graças à conservação, restauro, aquisição e permuta de objectos de valor histórico, artístico, cultural e documental, que desenvolve há mais de quatro décadas.

O 43º aniversário ficou marcado por uma singela cerimónia, nas instalações do Museu, em Sintra, durante a qual o seu Director, Coronel Carlos Macário, fez uma retrospectiva do ano de 2010 e apresentou a sua visão do Museu para o ano de 2011.

Foi anunciado que o Museu do Ar recebeu em 2010 um considerável aumento ao seu acervo em cerca de 200, uma das quais é uma aeronave, a Bristol Blenheim IV, tendo sido utilizada pela aviação militar portuguesa, como avião bombardeiro, durante os anos 40. Para o ano de 2011, o Museu do Ar irá apostar num serviço educativo, dedicado aos seus jovens visitantes.

Ainda no âmbito do aniversário, o auditório da Academia da Força Aérea recebeu o Professor Doutor Frederico Delgado Rosa, neto do Marechal Humberto Delgado, o qual proferiu, perante uma interessada plateia de Oficiais, Cadetes e convidados, uma palestra sobre a vida de aviador do seu avô, considerado como fundador da Companhia de Bandeira Nacional - TAP, e pensador de doutrina do Poder Aéreo.

Após a palestra, alguns convidados visitaram as instalações do Museu do Ar e a exposição temática "Humberto Delgado e a liberdade dos céus", patente até 18 de Abril de 2011. (FAP)

Cerimónia de lançamento do livro Poder Aéreo - Sua Evolução e Influência na Estratégia

Realizou-se no dia 22 de Fevereiro, pelas 18H00, no Auditório do Estado-Maior da Força Aérea, em Alfragide, a cerimónia de lançamento do livro "Poder Aéreo - Sua Evolução e Influência na Estratégia" da autoria do Tenente-General Eduardo Silvestre dos Santos.

No início da cerimónia o Chefe do Estado-Maior da Força Aérea (CEMFA), Interino, Tenente-General Luís Figueiredo, proferiu algumas palavras enaltecendo a iniciativa, referindo a honra que é para a Força Aérea colaborar no lançamento desta obra. À intervenção do CEMFA, Interino, seguiu-se as palavras do Dr. Pedro de Avillez, Editor da Tribuna da História, e do General António Martins Barrento, Director da Colecção "Pensamento Estratégico", a que pertence esta obra.

Apresentada pelo General José Lemos Ferreira, a obra defende que o Poder Aéreo provocou uma revolução na forma de conduzir a guerra, acrescentando uma dimensão dramática aos teatros de operação, nos conflitos actuais e à velocidade do factor tempo.

A plateia, repleta de Oficiais e convidados, demonstrou um enorme interesse no "Poder Aéreo - Sua Evolução e Influência na Estratégia", da autoria do Tenente-General Eduardo Silvestre dos Santos que, no final da cerimónia de lançamento, escreveu uma dedicatória nos exemplares apresentados pelos leitores, que marcaram presença no evento. (FAP)

Comando Operacional da Madeira celebra 18 anos na sexta-feira

O Comando Operacional da Madeira comemora o seu 18.º aniversário na próxima sexta-feira, 25 de Fevereiro, pelas 11 horas, com uma cerimónia que decorre nas instalações do Pico da Cruz.

Desde o início de Fevereiro têm sido realizados um conjunto de actividades de celebração da data festiva, inclusive no dia 4 com a inauguração da exposição “As Forças Armadas Portuguesas no Mundo”, a mesma que foi exibida em Bruxelas e em Lisboa por ocasião da recente Cimeira da NATO, esteve patente ao público no Madeira Shopping até o dia 13 e pode actualmente ser vista no átrio das chegadas do Aeroporto Internacional da Madeira. Também nos dias 18 e 19 de Fevereiro realizou-se o já tradicional torneio de Bridge do COM, organizado sob a égide da Associação de Bridge da Madeira.

A sessão comemorativa de sexta-feira no auditório do COM, será presidida pelo Comandante Operacional da Madeira, Major General Tiago Vasconcelos, que fará uma alocução, também procedendo à imposição de condecorações e a realização de uma palestra subordinada ao tema: “O Estado da Economia: a Leitura de um Micro – Economista”, que será proferida pelo Professor Dr. Telhado Pereira, da Universidade da Madeira. (DN)

22 de fevereiro de 2011

CEMGFA Visita a Marinha

O Chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas, General Luis Evangelista Esteves de Araújo, visitou hoje a Marinha.

O General CEMGFA foi acompanhado pelo Tenente-General Quesada Pastor (COCONJ), Vice-Almirante Pereira da Cunha (EMCONJ), Major-General Teixeira Rolo (Chefe do GAB CEMGFA). A visita foi conduzida pelo Almirante Saldanha Lopes, Chefe do Estado-Maior da Armada.

A visita iniciou-se com um embarque no NRP "Corte Real" no Cais de Honra, onde foi efectuado um Briefing sobre a Marinha apresentado pelo Contra-Almirante SUBCEMA, uma breve visita pelo navio. De seguida, a comitiva, dirigiu-se à Esquadrilha de Submarinos, onde visitaram o NRP "Tridente".

Por fim deslocaram-se à Base de Fuzileiros onde visitaram uma pequena amostra do dispositivo estático dos Fuzileiros e uma mostra do Instituto Hidrográfico.(EMGFA)

GNR - Aniversário do Comando Territorial de Bragança

O Comando Territorial de Bragança comemora, no próximo dia 24 , o seu 2º aniversário com uma cerimónia presidida pelo Comandante-Geral da Guarda Nacional Republicana, tenente-general Newton Parreira.

A cerimónia militar tem lugar no quartel sede do Comando às 10:45 horas e terá a seguinte sequência: - Prestação de Honras Militares ao Comandante Geral da Guarda Nacional Republicana pela; - Revista às forças em parada; - Integração do Estandarte Nacional; - Alocução do Comandante da Unidade; - Imposição de condecorações; - Homenagem aos mortos; - Retirada do Estandarte Nacional; - Desfile das Forças em parada.(GNR)

Vote na história que gostaria de ler nos 21 anos do PÚBLICO


Votem na notícia sobre "O Museu do Combatente e os 50 anos sobre o início da Guerra do Ultramar", e ajudem a divulguar o Museu do Combatente!

21 de fevereiro de 2011

Repórter TVI - Até ao meu regresso

A NÃO PERDER !!!
Dia 21 de Fevereiro às 20:00
Grande Reportagem "Até ao meu regresso"

Força Aérea vai retirar portugueses da Líbia

O Governo colocou em marcha o plano de contingência e enviou um C-130 para retirar os portugueses da Líbia. O avião está já a caminho e deve aterrar em Tripoli dentro de "três ou quatro horas", indicou o secretário de Estado António Braga. O avião da Força Aérea deverá evacuar do país cidadãos de outros países da União Europeia, mas a preocupação do MNE Luís Amado vai para problemas logísticos na retirada de Benghazi, segunda cidade líbia.

"A operação de repatriamento está a ser desenvolvida na Líbia. Dadas as dificuldades dos voos comerciais em fazerem o repatriamento, o Governo disponibilizou um C-130 que dentro de três ou quatro horas está em Tripoli", precisou António Braga, acrescentando que o avião da Força Aérea Portuguesa também vai retirar do país cidadãos de outros países da União Europeia.A operação está a ser "coordenada pela embaixada de Portugal na Líbia por instruções do Ministério dos Negócios Estrangeiros"

De acordo com o governante, "há famílias que já saíram em voos normais", mas “para hoje já estão esgotados os voos (para Lisboa), daí esta necessidade do Governo" de disponibilizar mais meios para a evacuação.

A partir de Bruxelas, o ministro dos Negócios Estrangeiros explicou que Portugal já desde ontem tinha “um avião na região", havendo ainda "uma operação com um avião civil que está preparada" também desde domingo tendo em vista o repatriamento de cidadãos portugueses.

Revelando “dificuldades operacionais no aeroporto de Benghazi", Luís Amado indicou que "os portugueses têm vindo a sair progressivamente" da Líbia.

O MNE assinalou contudo problemas com “um conjunto de portugueses que está em Benghazi, cerca de 50 que trabalham para uma empresa brasileira, e que neste momento estão à espera" da evacuação.

Na região leste da Líbia, onde se situa Benghazi, "há dificuldades operacionais" para retirar os europeus que pretendem sair do país e "é precisamente para fazer face a essas dificuldades operacionais que os representantes da UE estão a trabalhar”, acrescentou.

"Nós estamos muito preocupados com o que se passa. Neste momento está em curso uma reunião dos embaixadores da UE (em Tripoli) que visa coordenar as ações, os recursos, a logística necessários para que os cidadãos da UE que queiram abandonar a Líbia possam fazê-lo", revelou Amado.

Os cidadãos nacionais que vivem na Líbia aguardavam desde ontem por uma solução para sair do país. O ministro dos Negócios Estrangeiros, Luís Amado, já havia dado garantias de que o Governo tinha salvaguardado um plano de resgate, à semelhança do que aconteceu na Tunísia e no Egito.

A UE indicou a meio da manhã que está a ultimar planos de evacuação para retirar os seus cidadãos de Benghazi, cidade onde se concentram as maiores manifestações contra o regime de Khadafi.

A informação foi avançada pela chefe da diplomacia espanhola, Trinidad Jiménez, em Bruxelas, no início de uma reunião da diplomacia europeia que deverá produzir um comunicado a condenar a repressão contra os manifestantes na Líbia.

Também as petrolíferas britânica BP e a norueguesa Statoil fizeram já saber que se preparam para retirar do país parte dos seus funcionários.A BP chegou em 2007 a acordo com o regime líbio para explorar cinco poços no Golfo de Sirte; a petrolífera britânica tem no país um total de 140 funcionários

Um porta-voz da BP declarou à agência France Press que estavam "a seguir a situação e a fazer preparativos para retirar algumas das famílias e algum pessoal não-essencial nos próximos dois dias".

A Statoil iniciou igualmente os preparativos para retirar da Líbia famílias expatriadas e funcionários não-essenciais: "A nossa sede local (em Tripoli) está fechada. O punhado de funcionários estrangeiros já deixou o país ou está em vias de o fazer”, indicou à AFP Baard Glad Pedersen, porta-voz do grupo.

Os 56 portugueses que vivem em Benghazi foram apanhados na onda de violência, com alguns a serem vítimas de assaltos, tendo passado a noite na casa de outros cidadãos nacionais. Várias cidades líbias, entre as quais Benghazi e Syrte, são agora controladas pelos opositores do regime; em Benghazi os populares estão a ser apoiados por soldados que desertaram e confrontaram as forças leais ao presidente Muammar Kadhafi

Ontem, o Governo reiterava os avisos para que os portugueses que vivem nos países árabes em convulsão tenham "cuidado".

Lisboa lembrou a estes cidadãos nacionais que se for necessário serão postos em prática "planos de contingência".

"Todos os cenários estão a ser acompanhados e aconselham-se os portugueses a manter os cuidados próprios nestas circunstâncias", declarou à Agência Lusa o secretário de Estado das Comunidades, António Braga, deixando a garantia de que, "em caso de necessidade, Portugal tem condições para aplicar planos de contingência".De acordo com o gabinete de António Braga há cerca de dois mil portugueses na região: 200 na Líbia (90% na capital, Tripoli), 700 em Marrocos, 600 na Argélia, 70 no Bahrein, 50 no Líbano, 330 nos Emirados Árabes Unidos, 20 na Jordânia e seis na Síria)

António Braga respondia a uma pergunta sobre se o Governo tinha previsto um plano de retirada de portugueses à semelhança do que foi feito no Egito, no início do mês, quando dois aviões C-130 viajaram para o Cairo para ir buscar 51 cidadãos nacionais.

Luís Amado disse entretanto que vê com preocupação o que se está a passar na Líbia. O ministro dos Negócios Estrangeiros acrescentou que a crise que atravessa nestas semanas o norte de África e os países árabes vai obrigar a Europa a ter mais atenção ao que se passa nas fronteiras a sul.

Lembrando que já em 2007, durante a presidência da União Europeia, Portugal tentara "imprimir uma sensibilidade própria para os problemas que se desenvolvem em toda esta fronteira mediterrânica e oriental da União", Luís Amado considerou que a UE descurou durante muitos anos a relação de vizinhança com o Mediterrâneo.

Mais do que nunca, sustentou o MNE português, é agora tempo de dar atenção aos problemas desta fronteira e ter "uma visão estratégica sobre a relação com toda esta região de vizinhança".

"Face à pressão destes acontecimentos, mais do que nunca nós temos que dar atenção aos problemas de longo prazo com que seremos confrontados", declarou Amado à entrada para um jantar informal de chefes de diplomacia da UE, em Bruxelas, cuja agenda rondou as revoluções e os protestos no mundo árabe. (RTP)

19 de fevereiro de 2011

Fragata Vasco da Gama regressa de treino na Inglaterra

A fragata Vasco da Gama chegou hoje à Base Naval de Lisboa proveniente do Reino Unido onde cumpriu o programa de treino e avaliação no Operational Sea training (OST) que teve início a 06 de Janeiro, tendo concluído com a avaliação final de 'Very Satisfactory'.

Esta foi a última fase do período de aprontamento operacional do navio da Marinha, que teve início em Portugal. A fragata portuguesa prepara-se para em Abril assumir as funções de Navio-Almirante da Força Naval da União Europeia no âmbito da Operação Atalanta, que decorre no Oceano Índico.

A fragata Vasco da Gama, que integra um destacamento de helicópteros e duas equipas de fuzileiros, tem uma guarnição constituída por 199 militares e é comandada pelo Capitão-de-fragata Diogo Arroteia. (Marinha Portuguesa)

Novo Chefe do Estado-Maior da Força Aérea toma posse quarta-feira

O Presidente da República dá posse quarta-feira à tarde ao novo Chefe do Estado-Maior da Força Aérea, José António de Magalhães Araújo Pinheiro, numa cerimónia no Palácio de Belém.

"O Presidente da República confere posse ao novo Chefe do Estado-Maior da Força Aérea, tenente-general José António de Magalhães Araújo Pinheiro, no próximo dia 23 de fevereiro, pelas 16:30, no Palácio de Belém", lê-se numa nota divulgada no `site` da Presidência da República.

O nome do tenente-general José Magalhães Pinheiro foi proposto pelo Governo, tendo contribuído para esta escolha o currículo do actual Comandante da Instrução e Formação da Força Aérea, assim como a idade deste oficial general - 54 anos -, que, por ser relativamente novo, deverá provocar a passagem à reserva dos generais mais velhos e a promoção de vários coronéis quando assumir o comando do ramo.(RTP)

18 de fevereiro de 2011

Vitoria Portuguesa na OKAB 5K Fun Race (ISAF)

Decorreu a 11 de Fevereiro de 2011 , no Kabul Air Corps Training Center (KACTC) uma prova de 5 km denominada de "OKAB 5K Fun Run" organizada pela 438th Air Expeditionary Wing em memória ao 1st Lt. Dennis W. Zilinski, morto em combate no Iraque em 2005. Esta prova é realizada em vários países do mundo, entre os quais, Afeganistão, Iraque, China e Estados Unidos da América.

Participaram neste evento desportivo, reservada a militares pertencentes ao KACTC, mais de 30 militares oriundos de 5 nações da ISAF (afegãos, canadianos, mongóis, americanos e portugueses) entre os quais 4 militares da Equipa da Força Aérea portuguesa da NTM-A: MAJ/PA JOSÉ VICENTE, CAP/PA PAULO VIEIRA, 1SAR/OPMET PAULO VIANA e 1SAR/OPSAS RICARDO MONTEIRO.

Com uma temperatura a rondar os zero graus e sob aguaceiros de neve, a prova foi ganha pelo CAP/PA PAULO VIEIRA sendo de destacar também os excelentes resultados dos restantes militares portugueses conseguindo lugares bastante honrosos.

É de realçar que esta foi a segunda vitória do CAP VIEIRA em provas no KACTC, sendo que já tinha ganho a Stockade-athon 15Km em Novembro passado.(EMGFA)

Nota: Artigo da Prova no site da U.S.Air Force

Tomada Posse do Director-Geral Autoridade Marítima e Comandante-Geral da Polícia Marítima (Vídeo)

17 de fevereiro de 2011

Exercício TIREX da Companhia de Apoio de Fogos

Nos dias 02 e 03 de Dezembro de 2010, no decorrer de um exercício TIREX da Companhia de Apoio de Fogos, foi efectuado o teste dos novos reparos para Metralhadora Ligeira - MG3, que são utilizados nas Viaturas Tácticas Armadas da unidade.

O desenvolvimento e construção destes novos reparos teve origem na necessidade sentida para dotar estas viaturas de maior capacidade de fogo e consequentemente maior protecção como se verificou no decorrer da missão que a Força de Fuzileiros de Operações Especiais cumpriu no âmbito da missão da União Europeia (EUFOR RDCongo) em apoio da Missão das Nações Unidas para a R.D.Congo (MONUC) aquando das eleições em 2006.

No decorrer desta missão as viaturas já tinham recebido melhorias na sua autonomia para cumprirem missões longínquas de bases operacionais. Partindo das competências residentes nas unidades do Corpo de Fuzileiros e fazendo proveito das sinergias entre elas existentes foi possível, tendo por modelo um projecto desenvolvido pelos elementos do Pelotão de Reconhecimento, construir, no Departamento de Material da Base de Fuzileiros, os protótipos agora testados.

Os dois reparos, um colocado no lado direito da viatura e outro na traseira (sem efectuar quaisquer alterações estruturais), permitem, sem movimentar a viatura, garantir um arco de fogo superior a 250o.

Os resultados obtidos foram extremamente positivos e motivadores para os elementos envolvidos no seu projecto e construção, até porque a simplicidade de utilização e montagem, resistência e baixo custo de construção são as suas principais características.

Este projecto é mais um exemplo do engenho, capacidade técnica e motivação existente nos elementos, militares e civis, que prestam serviço no Corpo de Fuzileiros.(Fuzileiros)

Pára-Quedistas - Challenge Militar (KFOR)


No passado dia 29 Janeiro de 2011, teve lugar o Challenge Militar organizada pela Secção de Operações do 1BIPara.

O Challenge Militar é uma competição entre as companhias do 1BIPara, que tem como finalidade testar as capacidades de execução de tarefas inerentes à função militar, bem como de robustez física.

A competição é composta por um conjunto de cinco provas:

•empurrar uma M11;
•desmontagem de armamento;
•travessia de campo minado;
•pista colectiva NBQR e estafeta CRC.
A 11ª Companhia foi a vencedora do Troféu.(EMGFA)

Força Aérea Portuguesa - Estação de Radar Nº4

A Estação de Radar Nº4 (ER4), no Pico do Areeiro, na Madeira, encontra-se numa posição geográfica com fortes condicionamentos nos acessos rodoviários e sujeita a condições meteorológicas adversas, sobretudo nos meses de Inverno, entre Janeiro e Março. A neve, o gelo, a queda de árvores e os ventos fortes, provocados pelas intempéries, constituem obstáculo para os militares que se deslocam diariamente para a ER4.

Para ultrapassar essas dificuldades e garantir, em permanência, o funcionamento do radar, a Força Aérea apostou na formação teórica e prática desses militares. Receberam os conhecimentos e experiência necessários na área da condução em vias com neve e em terreno hostil, com viaturas 4X4, nas vertentes de tracção e redutoras, guincho e Hi-lfe, transposição de obstáculos e condução extrema. Aprenderam ainda, sempre com o uso de equipamentos de protecção individual, como manusear a motoserra no abate de árvores, desramação e progressão no terreno.

Esta formação revela-se particularmente importante na medida em que a preparação dos militares é condição essencial para que a missão seja cumprida com segurança e em segurança.

A ER4 ainda não se encontra em funcionamento, pois aguarda-se a conclusão das obras. Os militares que irão garantir a operação do radar irão trabalhar em regime de turnos, de forma a garantir a capacidade de operação e de manutenção programada/ inopinada da ER4, 24 horas por dia, em todos os dias do ano. (FAP)

Liga dos Combatentes - Dignidade recuperada para quem combateu na Grande Guerra

Trinta e quatro anos separam o mais antigo e o mais novo dos antigos combatentes sepultados no cemitério da Lourinhã, deixado ao abandono durante 25 anos e agora em fase final de recuperação. António Vitorino Caixaria, militar enviado para França na I Guerra Mundial, morreu em 1950 (com 56 anos) e é o mais antigo dos 26 antigos combatentes cujos corpos estão concentrados no talhão da Liga dos Combatentes (LC) naquele cemitério.

Em 1984, com 88 anos, foi ali enterrado João da Costa, outro antigo militar que, ao contrário da maioria, não esteve nos campos de batalha europeus ou africanos. A informação consta dos registos pesquisados pelo Núcleo de Torres Vedras da LC desde Fevereiro de 2010, quando essa recém-criada delegação da Liga (ainda sem sede) visitou o local e o encontrou num "estado de completo abandono" {foto de cima), contou ao DN um dos seus membros.

"A maioria" dos militares ali enterrados combateu na I Grande Guerra, adiantou Miguel Machado, precisando que a quase totalidade daquelas campas não tinha quaisquer dados de identificação. Daí que a investigação imposta pela necessidade de dignificar o local - no âmbito do programa da LC "Conservação das Memórias" -levou os elementos daquele núcleo da Liga a procurar, entre outros detalhes, os nomes, datas de nascimento e morte ou locais onde serviram esses 26 ex-combatentes (alguns da guerra colonial).

Para isso, foi preciso falar com muitos habitantes da Lourinhã, "desde antigos coveiros a familiares" dos mortos. A pesquisa exigiu também folhear os registos do Arquivo Histórico-Militar, do Arquivo Geral do Exército e da LC, adiantou a fonte. Já foi possível identificar por completo 18 dos corpos, havendo outros quatro em que só falta "um ou outro elemento". Ainda permanecem totalmente desconhecidos os restantes quatro mortos, pelo que "a investigação continua". Com o apoio da Liga e, em particular, da Câmara e da Junta de Freguesia da Lourinhã, o Núcleo de Torres Vedras da LC obteve o apoio prévio das famílias para concretizar as obras de recuperação do espaço, que estão agora na sua fase final. Além da redistribuição das campas, estas receberam cabeceiras de mármore com o brasão em bronze - que tradicionalmente distinguem os talhões da LC espalhados pelo País.


Nota: A Autarquia forneceu os meios de recuperação do espaço fúnebre onde estavam concentrados os corpos de antigos combatentes.

A Direcção Central da Liga dos Combatentes comparticipou com 30 Lápides e a inscrição dos nomes num valor aprox. de 5.000 euros. (LG)

ISN - Seminário de assistência a banhistas e socorro a náufragos

16 de fevereiro de 2011

Ministro da Defesa garante radar na Primavera

Augusto Santos Silva está na Madeira, onde veio para ministrar um módulo do Curso Intensivo de Defesa Nacional.

O ministro da Defesa começou por apresentar cumprimentos ao Representante da República, pelas 9 horas.

Logo de seguida, também no Palácio de São Lourenço, assistiu a um briefing sobre a participação das Forças Armadas e em especial do Exércio, na vida da Madeira. A participação nas acções do pós-20 de Fevereiro e dos incêndios de Agosto, mereceu destaque.

Agusto Santos Silva seguiu para as serras, acima do Poiso, já a caminho do Pico do Areeiro, onde o Exército está empenhado na limpeza de um aceiro, em parceria com a Região.

No local, o ministro mostrou satisfação pela acção das Forças Armadas na Região e respondeu a algumas perguntas sobre a actualidade política.

Disse conhecer as críticas da associação de sargentos, que acusa de haver desorçamentação na Defesa. Mas Santos Silva tem opinião contrária. Diz que apenas há a particiação das Forças Armadas no esforço de redução da despesa corrente, que o País está a efectuar.

Na mesma ocasião, o ministro disse que o radar do Pico do Areeiro deverá entrar em funcionamento experimental na Primavera e em pleno até ao final do ano.

Santos Silva recusou-se a comentar a posição assumida pelo PSD e pelo PP, relativamente à moção de censura, porque, segundo o próprio, nunca fala de política quando está em acção como ministro da Defesa.

Na parte da tarde, o ministro visita as casas em construção na Serra de Água para realojar afectados pelo 20 de Fevereiro e ministra o módulo ao referido curso.(DNM)

Exercício de Combate à Poluição “GILÃO2011”

Marinha - Autoridade Marítima Nacional vai realizar dia 17 de Fevereiro de 2011, um exercício de combate à Poluição do mar por Hidrocarbonetos a decorrer na foz do rio Gilão nas Quatro Águas em Tavira entre as 09h00 e as 12h00.

Este exercício, será conduzido pela Autoridade Marítima Regional, através do Departamento Marítimo do Sul, e tem como objectivo o treino e avaliação do desempenho das equipas de intervenção do Departamento Marítimo do Sul de Faro e da Capitania do Porto de Tavira em resposta aos incidentes mais prováveis.

Participam na qualidade de observadores várias entidades da região designadamente, Governo Civil, Câmara Municipal de Tavira, IPTM IP Del. Sul, Universidade entre outras.

O cenário a criar pretende simular a resposta a um derrame acidental como resultado da colisão entre dois navios que navegavam em direcção opostas no rio Gilão. No momento desta ocorrência com a maré vazante uma das embarcações fica desgovernada acabando por encalhar na enseada junto ao hotel Vila Galé Albacora a derramar hidrocarboneto médio, espalhando-se em plena Ria Formosa. Em resposta ao acidente, é accionado o dispositivo do Plano Mar Limpo – Plano de acção de operação de combate à poluição do mar e da costa por hidrocarbonetos (definido em resolução do conselho de ministros nº25/93 de 15 de Abril.

Por forma a minimizar os danos ambientais no interior da Ria Formosa, serão desenvolvidas acções de combate ao derrame em três pontos diferentes nas Quatro Águas – Tavira: uma no local onde encalhou a embarcação, outro numa zona com rochas e outro junto à estação de Salva-vidas de Tavira onde foi deflectida a mancha à deriva no Rio Gilão, para proteger uma zona de viveiros da Ria Formosa.

De referir que já em 2009 ocorreram duas situações reais com embarcações de pequeno porte, nomeadamente o iate “CLAIRE DYC” no rio Guadiana em 3 de Fevereiro e o iate “ZIMBRO” na marina de Olhão em 18 de Abril, em que foi empenhado com sucesso o serviço de Combate à Poluição por Hidrocarbonetos no Mar do Departamento Marítimo do Sul. (Marinha)

Exposição 'As Forças Armadas Portuguesas no Mundo'

Estará patente a partir de hoje e até ao dia 24 de Fevereiro, no átrio das chegadas do aeroporto da Madeira, a exposição subordinada ao tema 'As Forças Armadas Portuguesas no Mundo' que durante a realização da recente Cimeira da Nato, em Novembro de 2010, esteve patente em simultâneo no Quartel-General da NATO em Bruxelas e na Feira Internacional de Lisboa e que recentemente esteve exposta no 'Madeira Shopping'.(DNM)

Dia do Laboratório Militar

"(...) os pharmacêuticos militares são officiaes scientíficos como os facultativos, como os artilheiros, como os engenheiros, como os do estado-maior, enfim como todos os outros oHiciaes que têem um curso e, conseguintemente, merecem todas as garantias que as leis Ihes negam, concedendo-as a outros. (...)"

Major General Médico Manuel António Cunha Belém, Câmara de Deputados, sessão de 10 de Maio de 1882.

Apesar de, desde sempre, terem existido boticários ao serviço das Forças Armadas, a primeira indicação que se encontra relativamente ao Exército data de 16 de Fevereiro de 1644, quando D. João IV contrata Luiz Gomes da Costa para Boticário da Gente da Guerra no Castelo de S. Filipe, na Ilha Terceira, a fim de fornecer todos os medi- camentos necessários às tropas.

Mais tarde, a 17 de Março de 1665, D. Afonso VI passa alvará a favor de Domingos da Costa Pontes, boticário do Infante D. Pedro (futuro D. Pedro II), para que fossem da sua Real Botica, as mezinhas para os soldados doentes no Hospital Militar do Castelo de S. Jorge em Lisboa. Pode dizer-se que as tradições da Farmácia Militar Portuguesa remontam a esta data, pois a partir daqui há sempre notícia de boticários e as actividades farmacêuticas no Exército passam a ter carácter de continuidade.

Pela mesma época são admitidos, nas fragatas da nossa Armada, os Boticários de Bordo. A Classe de Farmacêuticos da Marinha viu o seu quadro aprovado em 1842, se bem que só a 20 de Outubro de 1859 seja contemplada com legislação que lhe confere patentes e vencimentos iguais aos do Exército, cujos farmacêuticos receberam as suas patentes militares 6 meses antes. Na realidade, por Carta de Lei de D. Pedro V, datada de 16 de Abril de 1859, é criado o Quadro de Oficiais Farmacêuticos do Exército (na altura designado por Corpo de Farmacêuticos Militares), abrangendo cinco dos farmacêuticos que, como empregados, prestavam serviço nos Hospitais Militares e no Depósito de Medicamentos do Exército. Este mesmo diploma contempla também a Classe de Sargentos de Farmácia que serviam na botica dos hospitais militares.

É, porém, Leonardo da Costa Almeida o primeiro boticário a exercer um cargo público de carácter permanente ao serviço do Exército: em 1713, foi nomeado e assumiu as funções de Boticário do Hospital do Castelo de S. Jorge, coincidindo esta nomeação com a separação da Botica deste Hospital da Botica da Corte, até aí juntas.

Em 1797 foi publicado o Regulamento do Serviço de Saúde em que, pela primeira vez, o boticário é referido como pharmacêutico. Competia-lhe, entre outras funções, a escolha do local para instalação da botica dentro do hospital, o que corresponde a um extraordinário avanço nas relações entre administradores, médicos e boticários, considerando que, passados dois séculos a situação ainda não é assim tão líquida. Este mesmo Regulamento vem criar o Dispensatório Geral do Exército, substituindo o Arsenal Real do Exército, na função de abastecimento de medicamentos e de material sanitário. Em 1805, novo Alvará Real manda estabelecer, em lisboa e Coimbra, os Dispensatórios Gerais dos Hospitais Militares, que são depósitos com laboratório para a preparação de medicamentos. Em 1825 é criado o Depósito de Medicamentos do Exército para, em 1837 se dividir em três Depósitos Gerais, sediados junto aos Hospitais Militares de Lisboa, do Porto e de Elvas, os quais, em 1851, em virtude de novo Regulamento Geral do Serviço de Saúde do Exército, dão lugar a dois Depósitos estabelecidos em lisboa: o Depósito Geral de Roupas e Objectos de Cirurgia e o Depósito Geral de Medicamentos. Aquele Regulamento previa a existência de três empregados farmacêuticos, um para cada Hospital Permanente e um para o Depósito Geral de Medicamentos, como seu director. Estava assim criada a primeira instituição farmacêutica castrense.

A 16 de Abril de 1859, por Carta de lei de D. Pedro V é dada nova organização ao Serviço de Saúde criando-se, efectivamente, o Quadro de Oficiais Farmacêuticos do Exército, com as patentes de capitão e de tenente sendo, então, composto pelos seguintes farmacêuticos: capitão João Florindo da Silva, director do Depósito Geral de Medicamentos; tenentes António José Teixeira Emiliano, António Joaquim Labate e António Francisco de lima, respectivamente, como chefes dos Serviços Farmacêuticos do Hospital Regimental Reunido de Elvas, do Hospital Militar da Estrela e do Hospital Militar do Porto.

Labate é, sem dúvida, o mais qualificado destes pioneiros e foi o grande dinamizador da criação do Quadro. Homem com marcado prestígio profissional e social, reformulou e prestigiou os Serviços Farmacêuticos no Hospital Militar da Estrela, foi director do Depósito Geral de Medicamen- tos e um dos fundadores e presidente da Sociedade Farmacêutica Lusitana, entidade que veio a transformar-se na Ordem dos Farmacêuticos. Ao fim de uma vida toda ela dedicada ao engrandecimento da profissão, é reformado com patente de major, morrendo quase na miséria.

Curiosamente, com a Corte recém chegada ao Brasil, o Príncipe Regente D. João, por Decreto 21 de Maio de 1808, nomeia Joaquim José Leite Carvalho para boticário do Hospital Militar e da Marinha do Rio de Janeiro. Esta data tem-se como a da fundação do actual Laboratório Químico Farmacêutico do Exército (o Quadro de Oficiais Farmacêuticos do Exército do Brasil foi criado no dia 7 de Março de 1857, isto é, dois anos antes do nosso). Como é natural, e como acontece em quase todas as Forças Armadas do mundo, os farmacêuticos militares brasileiros atingem a patente de oficial general.

Com as reformas da República, opta-se, em 1911, pela existência de um único Depósito Geral de Material Sanitário para abastecimento de Hospitais Militares e Unidades. Este, que a partir de 1976 foi dirigido por coronéis farmacêuticos, manteve-se em actividade até 1997, sendo nessa data desactivado e o armazém de material sanitário integrado na estrutura do Laboratório Militar. (Exército Português)

Exército Português apadrinhou dois animais do Zoo de Lisboa

O Grupo de Carros de Combate da Brigada Mecanizada do Exército, sedeado em Santa Margarida, apadrinhou hoje dois animais do Jardim Zoológio de Lisboa: um elefante e um leopardo. O primeiro por ser o símbolo desta unidade; o segundo, associado aos modernos Carros de Combate Leopard 2 A6. Segundo o porta-voz do Estado Maior do Exército, tenente-coronel Hélder Perdigão, os custos com o apadrinhamento dos dois animais (150 euros anuais por cada um) é suportado pelos militares e civis do Grupo de Carros de Combate daquela unidade. O leopardo, que ainda não tinha nome, foi baptizado "Carrista" pelos novos padrinhos. (JN)

15 de fevereiro de 2011

Timor Leste – 8º Curso de Manutenção de Ordem Pública

O Subagrupamento Bravo em Timor deu início, no dia 14, ao 8º Curso de Manutenção de Ordem Pública, a 21 elementos da Companhia de Operações Especiais da Policia Nacional de Timor Leste (PNTL).
Este curso será ministrado com o intuito de reforçar o reduzido efectivo do Batalhão Operacional da Unidade Especial de Policia da PNTL durante as eleições legislativas/presidenciais de 2012, bem como, seleccionar elementos que reúnam condições físicas, psíquicas e militares para que possam vir a ser nomeados para frequentar o curso de operações especiais e curso de anti-terrorismo em Portugal. O Chief of Operations da UNPOL, Inspector Kewale Rajesh, sublinhou o excelente trabalho desempenhado pelo Subagrupamento ao nível da formação, relembrando aos formandos da importância deste curso específico no desenvolvimento e cumprimento da missão da PNTL. (GNR)

Exercício Terrestre "Serra Branca 11"

As Forças do Centro de Tropas de Operações Especiais do Exército Português vão realizar um exercício terrestre na Serra da Estrela até dia 18.

No âmbito do Exercício Terrestre "Serra Branca 11", as Forças do Centro de Tropas de Operações Especiais do Exército Português vão realizar um exercício terrestre, que se desenrola no período a partir desta segunda-feira, até à próxima sexta-feira, dia 18 deste mês de Fevereiro, na Serra da Estrela. Os locais escolhidos passam pelas áreas do Covão da Ametade - Cântaro Magro - Piornos - Torre.

Em nota à imprensa, a Câmara Municipal da Covilhã informa que «deste exercício constam deslocamentos quer a pé, quer com viaturas e em todas as acções são executadas rigorosas medidas de segurança no sentido da salvaguarda de pessoas e bens». (C.M.Covilhã)

13 de fevereiro de 2011

Militares timorenses podem vir a participar com tropas portuguesas na missão da ONU no Líbano

Militares das Forças Armadas de Timor-Leste podem vir a participar em missões internacionais onde participam Forças Nacionais Destacadas portuguesas, nomeadamente no Líbano, confirmou à agência Lusa o ministério da Defesa.

"Confirma-se que as autoridades timorenses solicitaram às autoridades portuguesas a possibilidade de integração de militares de Timor-Leste em missões das Forças Nacionais Destacadas portuguesas", referiu fonte oficial.

Segundo a tutela, que não adiantou um prazo para haver uma decisão, estão atualmente em curso "diligências através dos canais próprios, tendo em vista a identificação e os cenários dessa participação".(LUSA)

11 de fevereiro de 2011

Evocação do esforço da Nação Portuguesa e das suas Forças Armadas, na Guerra do Ultramar

O Ministro da Defesa Nacional, Augusto Santos Silva, estará presente esta sexta-feira, 11 de Fevereiro, pelas 18h00, na inauguração de três exposições: Programa Afonso Henriques, As Três Frentes em África e A Guerra do Ultramar. Trata-se de uma iniciativa da Liga dos Combatentes, no Museu do Combatente – Forte do Bom Sucesso (junto à Torre de Belém).(MDN)

10 de fevereiro de 2011

Ministro da Defesa Nacional no aniversário da Cruz Vermelha

O Ministro da Defesa Nacional, Augusto Santos Silva, participa este Sábado, 12 de Fevereiro, a partir das 14h30, na Academia Militar na Amadora, na cerimónia do 146º Aniversário da Cruz Vermelha Portuguesa e de Homenagem ao Voluntário no âmbito do Ano Internacional dos Voluntários e do Voluntariado – 2011(MDN)